quinta-feira, 13 fevereiro 2025
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Base aliada cobra governo por maior atenção à segurança pública e pressiona Lewandowski

A base aliada do governo no Congresso tem pressionado para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dê mais ênfase para a segurança pública.

Entre os deputados, tanto da base aliada quanto da oposição, existe a percepção de que o governo não tem projetos para a área, em meio à escalada da atuação do crime organizado no país.

O desconforto ficou evidente durante reunião na manhã desta quarta-feira do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com líderes partidários da base aliada. O encontro foi convocado para que fossem apresentados os projetos prioritários do governo que dependem de aprovação do Congresso.

Líderes ouvidos pela TV Globo e pelo g1 ironizaram o encontro dizendo que foi um “café frio”. Na reunião, da qual o vice-presidente da República Geraldo Alckmin também participou, Padilha foi cobrado pela ausência de propostas ligadas à segurança.

O ministro da articulação política destacou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) planejada pelo governo sobre o assunto. A proposta está em elaboração há meses e tem registrado poucos avanços na negociação junto aos deputados, e Padilha não apontou um prazo para que o texto final seja divulgado.

Segundo o ministro, a cobrança dos deputados foi positiva e levou a formação de um grupo de trabalho para que propostas para a área fossem debatidas.

“Hoje no diálogo que fizemos com os líderes da base, constituímos já um grupo de trabalho para aprofundar e ampliar sobre os temas de segurança pública”, disse Padilha durante entrevista para jornalistas na Câmara.

Farão parte do grupo de trabalho os deputados Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Adriana Accorsi (PT-GO) e Ismael Alexandrino (PSD-GO).

A percepção não foi compartilhada pelos líderes. “Me causa estranheza o governo não ver a segurança pública como um tema central”, disse Áureo, que comporá o grupo e foi uma das vozes que cobraram maior participação de pautas sobre a segurança no encontro com Padilha.

“O governo precisa falar o que é prioridade para o governo, fazer uma agenda, não é o grupo de trabalho da Câmara [que tem que fazer]”, disse.

Cobrança do ministro

A cobrança dos deputados não fica circunscrita à atuação de Padilha, mas respinga no ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Parte da base aliada avalia que Lewandowski faz uma boa gestão à frente da pasta, mas que não se debruça de maneira suficiente sobre a Segurança Pública. Por esse motivo, defende a divisão do ministério em dois: um da Justiça e o outro da Segurança Pública.

Outra parte dos deputados, principalmente aqueles que pertencem a partidos que se queixam de baixa representatividade na Esplanada, como PDT, PSB e PSD, cobram a saída de Lewandowski na próxima reforma ministerial.

Outra queixa é a de que o tom “magistral” do ministro não teria conexão com a segurança pública, o que permite que a pauta seja mais atrelada aos partidos de direita.

Fonte: Jornal de MT

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