O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou neste sábado (3) a lei que suspende o teto de US$ 31,4 trilhões (R$ 155,5 trilhões) para a dívida do governo norte-americano. A medida evitou o que teria sido o primeiro calote da história do país.
A Câmara dos Deputados e o Senado americanos aprovaram a legislação nesta semana após Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chegarem a um acordo depois de tensas negociações.
O Departamento do Tesouro alertou que não conseguiria pagar todas as suas contas em 5 de junho, caso o Congresso não agisse até a data. O projeto aprovado nesta semana elimina o teto da dívida por dois anos, o que faz Biden ganhar tempo e não precisar negociar o valor novamente no próximo ano, em meio à campanha para a reeleição.
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O acordo assinado também mantém os gastos não-militares no mesmo patamar para o ano fiscal de 2024 – que vai de outubro deste ano a setembro do ano seguinte – e limita o aumento de despesas em 1% no ano fiscal de 2025, independentemente da inflação no período. Já os gastos militares podem crescer acima desse limite nos próximos dois anos.
Os Estados Unidos pagou taxas de juros recordes em algumas vendas de títulos, após o mercado reagir a falta de solução para o impasse. Segundo a Casa Branca, um possível calote derrubaria as bolsas americanas em até 45%, e poderia provocar uma recessão imediata