A perda eliminou níveis de suporte relevantes
O Bitcoin registrou uma forte queda nesta segunda-feira (7) durante a tensão envolvendo o ” tarifaço” de Donald Trump. A principal criptomoeda do mundo desvalorizou cerca de 9,7%, recuando de valores próximos a US$ 83.286 para a faixa de US$ 78.976, segundo dados consolidados até o início da noite.
A perda eliminou níveis de suporte relevantes, como a marca de US$ 81 mil, e reacendeu temores de uma tendência de baixa mais prolongada no mercado cripto.
Analistas atribuem o movimento à intensificação das tensões macroeconômicas, especialmente as relacionadas às políticas tarifárias adotadas pelo governo dos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump.
O temor de uma nova guerra comercial e os potenciais impactos sobre commodities e mercados tradicionais parecem ter contaminado o setor de ativos digitais, incluindo o Bitcoin e outras altcoins (criptomoedas alternativas).
A instabilidade levou os investidores a reavaliarem posições em ativos considerados de risco.
Além do cenário geopolítico, o mercado também reagiu à divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos (Non-Farm Payroll) de março.
O documento indicou uma taxa de desemprego estável em 4,2%, mas os dados não foram suficientes para dissipar as incertezas sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.
Até as 18h37 (horário de Brasília), o Bitcoin era negociado a US$ 78.968,59 na plataforma Coinbase, com um volume de transações de US$ 97,6 bilhões nas últimas 24 horas.
A capitalização de mercado da criptomoeda estava em US$ 1,568 trilhão, com uma circulação de 19,848 milhões de unidades (BTC).
A queda provocou um efeito cascata no mercado: aproximadamente 423 mil traders foram liquidados, gerando perdas estimadas em US$ 1,8 bilhão, de acordo com plataformas de monitoramento de derivativos.