Relatório publicado no último dia 15 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que, no Brasil, o número de crianças sem ao menos uma dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023.
O número de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 também caiu: de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. No Brasil, a DTP é administrada pelo Programa Nacional de Imunizações, o PNI, como a Vacina Pentavalente.
Segundo o relatório, a vacina DTP é um “indicador chave para a cobertura de imunização global”. O Brasil teve um destaque positivo em meio à piora do cenário mundial, uma vez que o número de crianças que não receberam uma dose em todo o mundo aumentou de 13,9 milhões, em 2022, para 14,5 milhões em 2023.
Com isso, o país deixou a a “lista suja”, que é o ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo. Em 2021, o Brasil ocupava o 7º lugar.
O relatório aponta que o Brasil avançou em 14 dos 16 imunizantes pesquisados em 2023. De acordo com o Ministério da Saúde, eles tiveram, em média, uma alta de pouco mais de 7 pontos percentuais. A que mais cresceu em cobertura, diz, foi o reforço da tríplice bacteriana, passando de 67,4% para 76,7%.
Longo caminho a percorrer
Apesar da conquista, há mais trabalho pela frente. Segundo o relatório, em 2013, 10 das 13 vacinas do calendário nacional de imunização alcançaram uma cobertura de 90% ou mais. Em 2023, só 4 das 15 vacinas alcançaram essa porcentagem.
“Agora, é fundamental continuar avançando, ainda mais rápido, para encontrar e imunizar meninas e meninos que ainda não receberam as vacinas. Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que estão crianças e famílias, muitas em situação de vulnerabilidade, incluindo escolas, CRAS e outros espaços e equipamentos públicos”, disse Luciana Phebo, chefe de Saúde do Unicef no Brasil ao site da entidade.
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