Da Redação Avance News
O Paraná deve colher 41,4 mil toneladas de café (cerca de 690 mil sacas) na atual safra, volume 42% superior ao obtido no ciclo anterior (29,2 mil toneladas).
Até o fim de julho foram colhidos 63% do volume esperado.
A análise sobre a situação da cafeicultura no estado está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 28 de julho a 3 de agosto.
O documento, preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), mostra que as lavouras de café em idade produtiva ocupam 25,8 mil hectares no estado, com 91% em condições boas.
Da produção por colher, 96% estão em maturação e 4% em frutificação.
O preço recebido pelos cafeicultores do Paraná em julho ficou em R$ 720,90 por saca de 60 quilos.
O valor é 42,3% inferior aos R$ 1.250,03 praticados há um ano.
Em razão disso, o boletim aponta que poucos negócios têm sido feitos até o momento, visto que o preço cobre apenas os custos variáveis.
No Paraná a busca é cada vez mais pela produção de cafés especiais, que têm maior valor agregado e atendem a um mercado mais exigente, o que confere melhor preço médio de venda.
Para incentivar a prática, que exige muito conhecimento sobre produção e cuidados rígidos no pós-colheita, o estado realiza anualmente o Prêmio Café Qualidade.
As inscrições já estão abertas para a 21ª edição do concurso. Ela pode ser feita de forma gratuita até 2 de outubro em qualquer unidade municipal do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná).
Soja, milho e trigo no Paraná
Os preços da soja, milho e trigo subiram nos mercados futuros de Chicago (EUA) logo após o ataque da Rússia aos portos ucranianos em meados de julho, mas não se sustentaram até o final do mês.
Rotas alternativas e perda da participação da Ucrânia no mercado internacional fizeram com que recuassem a um patamar próximo ao praticado antes do ataque.
No Paraná, os produtores de milho receberam R$ 46,06 pela saca, valor 1,6% menor que em junho (R$ 46,83).
Os triticultores tiveram o produto cotado a R$ 66,47, queda de 0,2% em relação ao mês anterior (R$ 66,34). Para a soja, a valorização foi de 6,7% e pagou R$ 127,75 em julho.
Em junho estava cotada a R$ 119,68.