domingo, 24 novembro 2024
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Caixa diminuirá cota de financiamento a imóveis e vai cobrar entrada maior de compradores

Bruno Peres/Agência Brasil

Essas medidas têm como objetivo reduzir o risco e aumentar a segurança nos financiamentos habitacionais

A Caixa Econômica Federal anunciou novas regras para financiamentos imobiliários de até R$ 1,5 milhão, que entrarão em vigor a partir de novembro. As principais mudanças incluem a exigência de uma entrada maior, a proibição de financiamentos para quem já possui um financiamento ativo no banco e a redução das cotas de financiamento.

De acordo com as novas regras, o banco financiará até 70% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) e 50% pelo sistema Price.

Essas medidas têm como objetivo reduzir o risco e aumentar a segurança nos financiamentos habitacionais, conforme explicou o banco em nota oficial.

No sistema SAC, as prestações diminuem ao longo do tempo, já que a parcela de juros é reduzida gradualmente, enquanto o sistema Price mantém o valor das prestações constantes ao longo de todo o período de financiamento.

A principal diferença entre os dois modelos é que o SAC exige um valor maior de entrada devido ao pagamento de juros menores no início.

Atualmente, o modelo SAC permite o financiamento de até 80% do valor do imóvel, mas com as mudanças, esse percentual será reduzido para 70%. Já no sistema Price, que hoje financia 70% do valor do imóvel, o percentual será limitado a 50%. Com isso, os compradores terão que dar uma entrada maior para adquirir seus imóveis.

A Caixa também anunciou alterações nas taxas de financiamento e limitou o valor máximo do imóvel financiado a R$ 1,5 milhão.

No entanto, essas mudanças não se aplicam a unidades habitacionais de empreendimentos financiados pela Caixa ou a propriedades já adquiridas.

A instituição ainda não estabeleceu um prazo de validade para essas novas regras, o que pode indicar que elas se tornem permanentes.

Essas alterações se devem, em parte, ao aumento significativo dos saques na poupança, que é a principal fonte de recursos para os financiamentos imobiliários da Caixa.

Apesar do aumento no volume de crédito imobiliário concedido pela instituição em 2024, a Caixa enfrenta dificuldades para atender à crescente demanda, especialmente em relação aos financiamentos com recursos da poupança.

“A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, relatou a instituição em nota oficial.

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Fonte: iG

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