Da Redação Avance News
Candidata a prefeita Fátima Resende (PT) concedeu na manhã de segunda-feira (16) uma entrevista à emissora de rádio Centro América FM quando falou sobre diversos temas de interesse da sociedade barra-garcense e de suas propostas para viabilizá-los no caso de eventual vitória nas eleições em outubro.
Dentre os assuntos abordados pela candidata que representa a coligação Barra da Esperança que reúne seu partido mais o PV, PC do B e o aliado PSD, está a rediscussão do contrato entre a prefeitura e a concessionária de tratamento de água e esgoto que atua no município, a Águas de Barra do Garças.
Fátima conta que à época da privatização travou “uma luta bem árdua e a população acompanhou quando a Sanemat passou para a empresa privada Nova Com, em um contrato unilateral, complexo e que resultou em um B.O., uma ação civil pública contra não só o fato da privatização, mas o fato de como era esse contrato unilateral, onde a empresa ganhava toda uma estrutura e não tinha nenhuma responsabilidade de ampliar essa infraestrutura para a população de Barra do Garças”, disse a candidata aos repórteres Lucas Iglesias e Dani Braz.
A professora frisou ainda que “nós temos uma água que é cara, uma rede de esgoto colocada que é 80% daquilo que você consome”, disse ela, ressaltando ainda a falta de água em vários bairros neste momento de crise climática. “A empresa deveria estar fazendo o reflorestamento, colocando as matas ciliares, cuidando para que não exista essa morte dos nossos rios porque nós estamos com o Araguaia e o Garças em crise mesmo”.
Segundo disse, a sua proposta é de início romper esse contrato unilateral em benefício dos munícipes, que volte a ser uma concessão pública, “rever os contratos e precisamos rever os contratos do jeito que eles foram feitos”. Indagada em relação a esse contrato, como seria esse rompimento, como o município arcaria com possíveis custo, ela afirma que como se trata de “um contrato que é permissivo e muito prejudicial nós temos que ver juridicamente, junto com o Ministério Público, como ele vai fazer. Olha bem, nós temos aqui os rios e não temos o tratamento de esgotos necessário. Nós temos duas bacias de decantação lá no Anchieta que prejudica todos os moradores daqueles bairros e vizinhos e também a cidade como um todo”.
Por último, ela acredita que “é possível fazer tratamentos para que esses esgotos, esses resíduos, não sejam da forma que eles são. Então, a forma que nós pretendemos fazer, e isso já é uma discussão desde quando eu era vereadora, depois quando fiz parte da gestão, embora fosse secretária de Educação, que nós precisamos junto com a sociedade, com o Poder Público, o Poder Judiciário, o Poder Executivo e Legislativo, fazer com que nós tenhamos água, água de qualidade, rede de esgoto para todos, uma rede fluvial também que atenda a todos os bairros e um tratamento desses resíduos de forma adequada e necessária”.
Plano de governo
Na entrevista, a candidata disse que pretende universalizar a educação infantil, ampliar recursos para as escolas, o uso dos espaços escolar em horários noturnos e finais de semana. Segundo sua análise o orçamento para esta sua proposta comporta, incluindo o piso salarial aos professores que é uma conquista dos trabalhadores e da sociedade brasileira.
Uma escola em tempo integral seria uma ação primordial de sua eventual gestão. Fátima diz que de cada 100 crianças de zero a 6 anos que precisam de creches apenas 29 conseguem vagas. “É um déficit muito grande”, admite a candidata que propõe para seu eventual mandato é criar uma cidade digital com banda larga e rede sem fios de modo que todos tenham acesso à internet.
Fátima lembrou ainda que Barra do Garças necessita de incentivo à criação e novos empregos, fomento às pequenas e médias empresas. “A cidade é contemplada com 6.800 bolsa família do governo federal e nós temos uma receita de 370 milhões anual e precisamos fazer com que esses recursos sejam revestidos à sociedade”, disse.
No que diz respeito à saúde pública a candidata diz que o município precisa de mais adesão ao Mais Médicos e de especialidade em todas as áreas e lamenta que há um déficit de cirurgias eletivas “que estão sendo feitas em Torixoréu”. Além disso ela propõe a criação e um hospital materno infantil com UTI neonatal e que o curso de medicina venha para o campus da UFMT em Barra do Garças. “Nossa campanha é propositiva e pretendemos governar com o povo”, conclui.