O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, começa a se reunir com os departamentos da pasta nesta sexta-feira (21), apesar do feriado em Brasília pelo aniversário da cidade.
O objetivo é levantar informações sobre como o GSI funciona e quem são os militares carimbados pelo bolsonarismo, que continuam trabalhando na estrutura, em quem o governo considera que não pode confiar. A decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as possibilidades, há desde o fim do GSI à implementação de um modelo misto de gestão, com a participação de civis e militares.
Considerado “um estranho dentro do ninho” por militares do Palácio do Planalto com quem a CNN conversou, Cappelli assume pela segunda vez a posição de interventor de Lula em uma área sensível para o governo.
Assim como agiu durante um mês à frente da Segurança Pública do Distrito Federal, ele reunirá dados sobre a quantidade de militares que trabalham no GSI, nomes e perfis. A intenção é fazer ajustes pontuais em que evitaria o tom de “caça às bruxas”.
Desde que foi indicado para a nova função, Cappelli conversou com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; o antecessor do GSI, o ex-ministro Gonçalves Dias; e também com o comandante do Exército, Thomas Paiva.