Ainda sem saber o que o futuro reserva, o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, tem dito a aliados que só tem certeza daquilo que não aceitará após a saída de Flávio Dino da pasta.
Segundo interlocutores, o atual número dois da pasta não pretende seguir ao lado de Dino como assessor no Supremo Tribunal Federal (STF) e também não toparia assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A avaliação é que o cargo de secretário de Segurança Pública passaria a falsa impressão de Cappelli como um “vice-ministro”. A realidade, no entanto, avaliam interlocutores, é que o cargo não tem poderes práticos — Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, por exemplo, não são subordinadas à Senasp.
Além disso, o combate ao crime organizado – que acabou se tornando uma bandeira do braço direito de Dino – depende de estratégias do governo no sistema penal brasileiro, que está vinculado à Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), um outro departamento do ministério.
Três opções
Com isso, apenas três destinos são apontados por Capelli a pessoas próximas como possíveis:
- virar ministro,
- continuar na secretaria executiva da Justiça
- ou deixar a pasta.
“Fica onde está, sobe para ministro ou vai pra praia”, afirmou à CNN uma fonte no ministério.
A possibilidade de continuar no cargo de número dois da pasta, porém, depende da escolha de quem assumir a pasta. Cappelli não recusaria continuar na secretaria executiva.
Na disputa, o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski é considerado o nome favorito de Lula para assumir o lugar de Dino.
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