Da Redação Avance News
A castanha do Pará é a semente que pertence ao fruto de uma castanheira, comumente encontrada na Amazônia e cujas sementes são facilmente distribuídos por toda a região Norte do Brasil. Apesar de deliciosa e com benefícios à saúde, o consumo excessivo pode intoxicar o organismo humano devido ao acúmulo de selênio, o que gera desde sintomas mais leves a uma necessidade iminente de atenção médica de urgência.
A seguir, entenda melhor como e por que a castanha do Pará faz mal se consumida em excesso, quais os principais órgãos atingidos pela intoxicação e os sintomas clássicos para você ficar de olho.
O que é a castanha do Pará e quais os seus benefícios?
A árvore Bertholletia excelsa é uma castanheira nativa da floresta amazônica. O seu fruto nasce em um formato excêntrico e rígido, similar a um coco, e resguarda no interior várias sementes de casca fina, a qual chamamos de Castanha do Pará. Naturalmente, os frutos caem no chão na época de chuvas e, então, suas sementes são removidas pela ação humana ou de animais. A polinização da árvore, inclusive, requer a presença de insetos como abelhas.
Dentre os principais benefícios que as castanhas reservam, está uma substância chamada de Selênio: um forte antioxidante que auxilia a proteger o corpo dos riscos oxidativos causados pelo sol, além de influenciar na proteção celular e ter um impacto positivo nas funções tireoidianas.
Ademais, há vários outros benefícios, como gorduras boas que favorecem o sistema cardiovascular, proteínas, vitaminas e minerais, fibras e muito mais. Apesar dos benefícios, o consumo dessa castanha deve ser controlado, pois o excesso pode causar quadros de intoxicação.
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Por que o consumo excesso da castanha do Pará faz mal à saúde?
Como explicado anteriormente, a castanha do Pará resguarda inúmeros benefícios para a saúde, mas somente se consumida numa quantidade e frequência adequadas. Geralmente, o nutricionista é o profissional que instrui a população sobre a quantidade diária de castanhas do Pará e frequência necessárias segundo as características do seu corpo. Se consumida em excesso, a castanha do Pará pode causar problemas notáveis no fígado, rins, coração, pele, unhas e até no cérebro.
Isso ocorre, principalmente, pela grande concentração de selênio em cada castanha que você consome. Normalmente, o consumo excessivo faz a substância acumular de forma tóxica no organismo, causando um quadro chamado selenose.
Os rins devem filtrar o selênio presente no sangue e excretá-lo direto para a urina; já o fígado fica responsável por metabolizar o mineral e analisar o que pode ser utilizado e o que deve ser descartado. O excesso de selênio, no entanto, pode sobrecarregar os rins, o que impediria a eficiência renal e a possibilidade de excreção; além disso, o fígado sofre com as via metabólicas sobrecarregadas, o que pode gerar quadros de inflamação.
Além disso, conforme o selênio sobrecarrega os órgãos acima, acaba exibindo os sintomas clássicos da selenose enquanto também ataca outras regiões do corpo. O doente pode apresentar, fadiga muscular e tontura, náuseas e vômito, dor abdominal, alterações no coração e na respiração, queda de cabelo, fragilidade nas unhas e muito mais.
Na presença de sintomas e mal-estar, o médico deve ser consultado o mais rápido possível e você também deve informar que consumiu castanhas do Pará.