Três em cada dez aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) são pessoas negras, indígenas e que possuem alguma deficiência.
O balanço foi divulgado na terça-feira à noite, pelo governo federal. Os aprovados são oriundos de todos os 26 estados, mais o Distrito Federal, e vão ocupar as 6.640 vagas disponibilizadas em 21 órgãos da administração pública federal.
As pessoas autodeclaradas negras são 18,8% das inscritas, e formam 24,5% dos aprovados. Os autodeclarados indígenas eram 0,46% dos que concorreram, e chegaram a 2,29% dos aprovados. Já as pessoas com deficiência somaram 2,06% das inscrições confirmadas, e os aprovados com este perfil alcançaram 6,79% do total.
Mais mulheres aprovadas do que em concursos anteriores
Considerados os dados de gênero dos aprovados, 63% são do gênero masculino e de 37% são mulheres. Se comparado a outros concursos, o CNU registrou maior número de mulheres aprovadas.
Mesmo que o percentual de inscritos no processo seletivo tenha sido maior entre as mulheres, as candidatas representaram a maior taxa de não comparecimento no dia da prova.
Para as carreiras públicas relacionadas à educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos, as mulheres equivalem a 60,3% das vagas e os homens, 39,7%.
No bloco 2 – tecnologia, dados e informação – os aprovados são, em sua maioria, do sexo masculino (91,6%).
De onde são?
Os aprovados no chamado Enem dos Concursos são de 908 municípios brasileiros.
De todos, 26% são da Região Nordeste, 5,6% da Norte, 25,6% do Centro-oeste, 32,9% do Sudeste e 9,8% do sul do país.
A unidade da federação com o maior percentual de aprovados é o Distrito Federal, com 20,12%, seguido por e Rio de Janeiro, 11,3%. Na sequência, aparecem São Paulo, com 10,44% dos aprovados; e Minas Gerais, 9,32%.
Um em cada sete aprovados no concurso unificado tem entre 25 e 40 anos. Se considerada a faixa etária entre 25 a 35 anos, este grupo equivale a 46% dos aprovados.