Da Redação Avance News
Um trabalho de investigação subaquática realizado pela empresa francesa Magellan Ltd nas profundezas do Oceano Atlântico, com o objetivo de mapear os destroços do Titanic, permitiu a primeira varredura digital 3D do maior naufrágio da história – conforme divulgado pelo Olhar Digital há cerca de duas semanas.
Esse resultado sem precedentes na história, que pode revolucionar tudo o que se sabe até hoje sobre o famoso navio, foi obtido graças a robôs submersíveis controlados remotamente, que passaram mais de 200 horas examinando as ruínas.
Relembre a tragédia:
- O RMS Titanic foi um navio de passageiros britânico operado pela White Star Line e construído por estaleiros da Harland and Wolff, em Belfast, Irlanda do Norte;
- A suntuosa embarcação foi projetada para ser o navio mais luxuoso e seguro da época, gerando a lenda que seria supostamente “inafundável”;
- Partindo de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova York, nos EUA, o transatlântico fez sua primeira e única viagem em 10 de abril de 1912, naufragando cinco dias depois ao colidir com um iceberg;
- Mais de 1.500 pessoas morreram no desastre, que inspirou diversas obras literárias e cinematográficas, sendo a mais famosa delas estrelada em 1997 por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet e dirigida por James Cameron.
Localizados a 3.800 metros de profundidade, os restos do navio têm sido objeto de estudo há décadas, no entanto, esta foi a primeira vez que puderam ser observados tão nitidamente, como se a água tivesse sido drenada.
Inteligência Artificial pode ajudar a identificar donos dos objetos encontrados no Titanic
Mais de 700 mil imagens foram obtidas pelo trabalho (uma parceria com a Atlantic Productions, produtora audiovisual britânica), permitindo, ainda, a descoberta de objetos pessoais pertencentes às vítimas.
Entre eles, um curioso acessório chamou a atenção dos pesquisadores: um colar com pingente de dente de megalodonte. De acordo com um comunicado emitido pela Magellan, o objeto também contém ouro.
A descoberta foi “surpreendente, bonita e de tirar o fôlego”, disse o CEO da empresa, Richard Parkinson. Segundo ele, o colar não pôde ser retirado do naufrágio devido a um acordo entre as autoridades dos EUA e do Reino Unido que impede a remoção de objetos dos destroços.
Parkinson revelou que a equipe envolvida no estudo está atualmente tentando descobrir de quem era o acessório. A empresa está usando Inteligência Artificial para analisar imagens de embarque de passageiros no navio, examinando as roupas que eles estavam usando e empregando técnicas de reconhecimento facial.
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Sobre o megalodonte
Extinto há cerca de 3,6 milhões de anos, o megalodonte é considerado o maior tubarão que já existiu. Os primeiros fósseis conhecidos da espécie datam de mais de 20 milhões de anos.
De acordo com o Museu de História Natural de Londres, o monstro marinho poderia passar de 18 metros de comprimento. Em comparação, os maiores tubarões brancos registrados medem, em média, pouco mais de seis metros.
Os dentes do megalodonte podem medir até 17 cm, embora os achados fósseis geralmente tenham entre 7,5 e 12,5 cm, segundo o Museu de História Natural da Flórida. Até hoje, os dentes encontrados são usados na confecção de acessórios, dependendo do tamanho.
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