quarta-feira, fevereiro 26, 2025
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Comissão do Senado deve analisar projeto que prevê o fim da “saidinha“ nessa semana

A Percentagem de Segurança Pública (CSP) do Senado deve investigar, na próxima terça-feira (6), o projeto de lei que prevê o término da possibilidade da saída temporária de presos, conhecida popularmente uma vez que “saidinha”.

O texto que propõe o término da “saidinha” foi confirmado pela Câmara dos Deputados em agosto de 2022, por 311 votos em prol e 98 contra. Desde março de 2023, o projeto está na CSP do Senado.

A saída temporária é concedida pela Justiça uma vez que forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional.

Atualmente, a legislação permite o favor a presos do regime semiaberto que já tenham cumprido o mínimo de um sexto da pena, se for primordial, e um quarto, se for vezeiro. Outrossim, é preciso apresentar comportamento adequado.

Na CSP, o texto é relatado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ele chegou a apresentar dois relatórios favoráveis à proposta — o mais recente deles, em outubro —, mas nenhum foi votado.

Segundo a agenda da percentagem, a previsão é que uma novidade versão do relatório seja apresentada e lida pelo senador na terça.

Quais são as condições para a “saidinha”?

Quando passou pela Câmara, os deputados incluíram um trecho que deixa explícito que o recluso só terá recta à progressão de regime se tiver boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor da prisão, e posteriormente o resultado de um “revista criminológico”.

Para entrar no regime cândido, seus antecedentes e o resultado do revista criminológico devem indicar que o recluso irá “ajustar-se, com autodisciplina, baixa periculosidade, e tino de responsabilidade, ao novo regime”.

Atualmente, a legislação não faz menção específica ao revista criminológico nem a indícios de baixa periculosidade.

Os deputados também incluíram três novas situações em que a Justiça pode mandar a fiscalização por meio de tornozeleira eletrônica:

  • livramento condicional;
  • realização da pena nos regimes cândido e semiaberto;
  • restrição de direitos relativa à proibição de frequentar lugares específicos

Hoje, a tornozeleira eletrônica pode ser utilizada para monitoramento das saídas temporárias do regime semiaberto e durante a prisão domiciliar.

Discussão no Senado

Uma flanco do Senado estuda mudar o projeto confirmado pela Câmara para destravar a tramitação do texto.

Uma das alternativas apontadas por parlamentares da oposição prevê a permissão do favor exclusivamente aos detentos que tiverem autorização para trabalhar e estudar fora dos presídios.

A teoria é que a liberação para saídas em feriados e festas comemorativas siga suspensa.

Outra flanco do Senado defende que o favor seja aplicado exclusivamente a detentos do regime semiaberto.

Fonte: CNN

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