Nesta quinta-feira, o Corinthians anunciou a contratação do experiente Cuca para o cargo de treinador da equipe profissional. Logo após o comunicado, o movimento do clube paulista começou a repercutir entre torcedores do clube nas redes sociais.
As reações por parte da Fiel Torcida foram, quase de forma unânime, extremamente negativas à contratação de Cuca. O principal motivo se dá pela condenação do treinador por estupro coletivo envolvendo uma jovem de 13 anos, em Berna, na Suiça.
Entenda o caso
Em 1987, Cuca era jogador do Grêmio e foi preso junto de três companheiros: Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi. O quarteto ficou preso por 30 dias na Suíça e depois retornou ao Brasil.
Em 2021, numa entrevista à jornalista Marília Ruiz ao lado da mulher e de suas filhas, Cuca negou o estupro:
Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, tentativa de abuso ou coisa assim. Eu estava no Grêmio havia duas ou três semanas apenas, não conhecia ninguém. Eu jamais toquei numa mulher indevidamente ou inadequadamente
Cuca, em 2021
Houve também os torcedores que propuseram atos de boicote ao clube. O perfil “base corinthiana”, um dos maiores ligados ao clube, por exemplo, adotou voto de silêncio sobre a equipe profissional masculina enquanto Cuca seguir no cargo.
A campanha #RespeitaAsMina, utilizada pelo Corinthians para popularizar o futebol feminino, ainda foi relembrada por boa parte da torcida, apontando hipocrisia do clube ao contratar Cuca. O termo mais utilizado foi de “um cuspe” à história de inclusão do clube paulista.