terça-feira, 26 novembro 2024
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Como roubo milionário frustrado em Confresa levou polícia a cangaceiros do PCC

Alfredo Henrique | Metrópoles

Um mega-assalto frustrado a uma transportadora de valores em Confresa, no Mato Grosso, em abril do ano passado, não só resultou em um prejuízo milionário ao Primeiro Comando da Capital (PCC), como também ajudou a Polícia Federal (PF) a identificar um núcleo do “Novo Cangaço” da facção, especializado em roubos a banco e assassinatos.

A célula de homens e mulheres planejava, organizava e financiava o “domínio de cidades”, ação que literalmente deixava municípios reféns dos criminosos, com o uso de armamento de grosso calibre, o bloqueio de ruas com veículos e as táticas de guerrilha urbana — com direito a roupas camufladas, balaclavas e coturnos.

Na ação no Mato Grosso, participaram 18 criminosos. Eles não conseguiram abrir o cofre da empresa Brinks, mesmo com o uso de explosivos, deixando para trás, na fuga, os R$ 30 milhões que queriam e uma onda de terror na região.

Todos foram “caçados” e mortos por 350 policiais, de cinco estados, nos dias seguintes. No último tiroteio com policiais militares no Tocantins, em maio de 2023, morreu Ronildo Alves dos Santos, o Magrelo.

Com sua identificação, a PF descobriu que, antes do mega-assalto frustrado, foram movimentados mais de R$ 3,4 milhões na conta bancária dele, de forma fracionada. Ao procurar a origem dos depósitos, todo o núcleo de “cangaceiros” que enviou valores para Magrelo foi identificado.

Pequeno e Pantera

A investigação da PF, obtida pelo Metrópoles, mostra que Magrelo foi para a ação no Mato Grosso substituindo Fleques Pereira Lacerda, o Pequeno, porque estava precisando de dinheiro.

Pequeno é apontado como a principal liderança dessa célula do PCC, tendo como braço direito o irmão Delvane Lacerda, o Pantera. Ambos são responsáveis por contribuir para que a facção estendesse os tentáculos no Piauí.

Pequeno estaria envolvido em mais três casos de “domínios de cidade”, além da ação fracassada em Confresa: um em Criciúma (SC), em 2020; outro em Araçatuba, no interior de São Paulo, um ano depois; e, em 2022, na paranaense Guarapuava.

Ele foi assassinado em dezembro de 2023, em um salão de beleza em Osasco, na Grande São Paulo. Foram identificadas, em seu corpo, perfurações provocadas por munição de pistola.

Leia a reportagem completa no Metrópoles, parceiro do 

Fonte: RDN

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