Da Redação Avance News
A safra brasileira de grãos 2024/25 promete ser a maior da história. Segundo o novo levantamento divulgado nesta quinta-feira (10.04) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é de uma colheita de 330,3 milhões de toneladas.
Isso representa um salto de mais de 32 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior. O resultado histórico vem sendo puxado por três fatores: o crescimento da área plantada, o clima favorável nas principais regiões produtoras e a recuperação da produtividade nas lavouras.
A área cultivada nesta temporada deve alcançar 81,7 milhões de hectares, um acréscimo de 1,7 milhão de hectares em comparação com a safra passada. As boas chuvas e temperaturas amenas durante a primeira safra ajudaram bastante no desenvolvimento das lavouras.
Com isso, a produtividade média nacional deve subir 8,6%, chegando a 4.045 quilos por hectare. O clima continua ajudando na segunda safra, o que reforça o otimismo em relação ao desempenho das principais culturas.
A soja segue como carro-chefe do campo brasileiro, com previsão de uma produção recorde de 167,9 milhões de toneladas — 20 milhões a mais que na última safra. Estados como Mato Grosso e Goiás já estão finalizando a colheita, com produtividades acima da média histórica: 3.897 kg/ha no Mato Grosso e 4.122 kg/ha em Goiás.
O milho também se destaca: a produção total pode atingir 124,7 milhões de toneladas, sendo 97,9 milhões apenas na segunda safra, com boa recuperação da produtividade. O arroz avança com mais de 60% da área já colhida e previsão de aumento de 14,7% na produção, chegando a 12,1 milhões de toneladas.
O feijão, cultivado em três etapas, deve somar 3,3 milhões de toneladas, com leve alta na produtividade. Já o algodão também caminha para um recorde, com 3,9 milhões de toneladas de pluma, resultado do aumento de área e boa tecnologia no campo.
No mercado, a Conab também atualizou os dados de consumo e exportação. Para o milho, estima-se que o Brasil consumirá 87 milhões de toneladas internamente, além de exportar cerca de 34 milhões. Mesmo assim, os estoques devem terminar a safra em bons níveis, com 7,4 milhões de toneladas.
O algodão segue a mesma linha: produção maior, consumo interno aquecido e estoques reforçados. Com esse cenário, o campo brasileiro confirma mais uma vez sua força, mesmo diante dos desafios logísticos e climáticos. O momento é de atenção ao mercado, mas também de comemoração para quem plantou com planejamento e colhe agora os frutos da boa gestão.