Da Redação Avance News
A guerra entre Israel e o Hamas pode afetar indiretamente o agronegócio do Brasil devido à influência nos preços do petróleo, que impactam os custos de fertilizantes e combustíveis, afetando assim os custos de produção e fretes. Apesar disso, as exportações do Brasil para Israel em 2023 representam apenas 0,2% do total de mercadorias exportadas, equivalente a 1% do que foi exportado para a China no mesmo período, que foi de USD 570,4 milhões em comparação a USD 77,2 bilhões.
“As importações do Brasil com origem no país do Oriente Médio somam USD 1,1 bilhão entre janeiro e setembro desse ano, sendo os principais produtos fertilizantes, defensivos e sementes. Desse total, 44% ou USD 470,8 milhões dizem respeito à importação de fertilizantes. Atualmente Israel é o 6º principal fornecedor de fertilizantes do Brasil, com um total de 1,2 milhão de toneladas e 4% de participação no total importado nos nove primeiros meses do ano, de 28,7 milhões de toneladas”, disse o Itaú BBA.
Israel é um significativo fornecedor de produtos como Super Simples, Super Triplo e KCl para o Brasil, ocupando o segundo lugar com 367 mil toneladas (19% de participação) de Super Simples, o terceiro lugar com 119 mil toneladas (11%) de Super Triplo e o quarto lugar com 746 mil toneladas (8% de participação) de KCl no acumulado do ano até setembro.
“Após a eclosão do conflito, não foram observadas grandes variações nos preços futuros das principais commodities agrícolas (soja, milho, etc). Entretanto os impactos nos mercados agrícolas, mesmo em curto prazo, podem vir decorrentes da formação de custos, dado o viés altista do petróleo. Outro ponto primordial será o acompanhamento dos preços do gás natural europeu, o qual valorizou 32% desde 6/10”, conclui.
