Outro problema apontado pelo conselho, é a ausência de profissionais. A equipe de fiscalização constatou que no período noturno, pacientes e acompanhantes permanecem no polo sozinhos, já que não há profissionais da enfermagem contratados para fazer o acompanhamento durante a noite.
Um outro ponto que chamou atenção dos fiscalizadores foram os leitos improvisados. Os pacientes e acompanhantes deitam em colchonetes dentro de uma garagem, sem ventilação ou limpeza adequada.
Sobrecarga
O Relatório Situacional feito pela Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde apontou que, em 2022, o Polo de Água Boa chegou a atender 4.758 indígenas, sendo o terceiro maior quantitativo de toda área do Distrito Sanitário Especial Indígena Xavante (DSEI Xavante).
De acordo com o Coren, esse número é preocupante, já que a ausência de profissionais durante determinados períodos, aliado com as condições insalubres do espaço, afetam diretamente a qualidade do serviço prestado.
Ainda de acordo com o conselho, os profissionais da enfermagem da região não recebem hora-extra ou compensação, e acabam atuando 24 horas por dia, já que ocorrem chamados de urgência após o fim do horário de expediente.