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quinta-feira, 10 abril 2025
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Consórcio: venda da carta contemplada pode gerar bons rendimentos

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A venda da carta contemplada de consórcio pode gerar bons rendimentos, mas exige precauções

Em tempos de taxas de juros altas, o setor de consórcios é impulsionado pelas vantagens desta modalidade de negócios em comparação ao financiamento.

Na prática, o consórcio se resume a um grupo de pessoas que cria um fundo coletivo. Todos os meses, cada um investe um determinado valor para que, ao longo de um prazo estipulado em contrato, todos consigam adquirir bens ou serviços de alto valor, como comprar um imóvel ou um veículo, viajar, reformar a casa, realizar uma festa de casamento ou uma cirurgia estética.

A cada mês, um participante é contemplado por sorteio ou lance e recebe da administradora de consórcio uma carta de crédito para comprar o bem ou o serviço.

Mas a modalidade oferece outra vantagem nem tão conhecida por muitos, que é a possibilidade de transformar a carta contemplada em uma oportunidade de negócio com rendimentos acima da média do mercado.

Em entrevista ao Portal iG, Valéria Vanessa Eduardo, professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, explica que a venda de cartas contempladas é uma oportunidade que surgiu com o aumento da demanda por crédito mais barato.

“O consumidor contrata uma carta de consórcio e, após sua contemplação, pode vendê-la com ágio. Este ágio representa uma valorização da carta, sendo uma estratégia financeira que, em determinados casos, pode oferecer retornos superiores aos investimentos tradicionais de renda fixa ”, detalha ela.

Valéria Vanessa Eduardo, professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera
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Valéria Vanessa Eduardo, professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera

Valéria destaca que essa prática pode ser vantajosa para quem deseja gerar rendimento em curto ou médio prazo, desde que haja interesse em explorar o mercado de cartas contempladas.

“É necessário considerar que a venda de cartas de consórcio é mais indicada para pessoas que buscam diversificação de seus rendimentos ou não desejam utilizar a carta para adquirir o bem inicialmente planejado. Em contextos de planejamento financeiro eficiente, essa estratégia pode ser uma alternativa interessante para aumentar os retornos sobre o investimento”, ressalta.

Atenção para não cair em golpes

Porém, como todo investimento, é necessário ter algumas precauções, até porque, há muitos registros de golpes envolvendo venda de cartas de consórcio falsas.

De acordo com especialistas do mercado de consórcios, é importante se informar sobre a cota que pretende adquirir, consultando a administradora do consórcio. Também deve-sw consultar se a administradora está registrada no Banco Central.

Depois dessa análise, recomenda-se fazer os cálculos e checar se o valor a ser pago é interessante.

É bom desconfiar de ofertas muito vantajosas e nunca assinar contratos sem compreender plenamente os termos.

Usar uma empresa especializada para intermediar a negociação também pode ser vantajoso e mais seguro.

Para quem o consórcio é indicado

Para Valéria Vanessa Eduardo, o consórcio é ideal para consumidores que possuem paciência, estratégia e entendimento do produto.

“Acredito que o consórcio apresenta vantagens significativas em comparação ao financiamento, especialmente no contexto das taxas de juros altas. O consórcio permite ao consumidor manter parte de seu patrimônio aplicado, aproveitando oportunidades financeiras e evitando compromissos bancários mais onerosos”, avalia.

Mas essa modalidade de negócio demanda disciplina financeira, segundo ela, uma vez que as contribuições mensais funcionam como uma forma contratual de poupança.

“Perfis de consumidores que têm objetivos de longo prazo — como aquisição de imóveis para si ou para a família — podem se beneficiar do consórcio, especialmente se preferirem evitar os custos elevados associados aos financiamentos”, conclui a professora.



Fonte: iG

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