O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve, nesta quarta-feira (31), sua taxa básica de juros, a Selic, em 10,50%, em meio aos questionamentos feitos pelo mercado financeiro na área econômica do governo Lula.
“O ambiente externo mantém-se adverso, em função da incerteza sobre os impactos e a extensão da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e sobre as dinâmicas de atividade e de inflação em diversos países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, diz trecho do comunicado.
Com a confirmação da manutenção da taxa, a decisão do Copom está conforme o comunicado da última reunião, em que afirmou que “optou por interromper o ciclo da queda de juros”.
O Copom emitiu um comunicado mais rígido sobre a deterioração do cenário econômico, indicando que, no futuro, pode haver alta de juros para honra de compromisso fiscal do Governo.
Diversos fatores pesam para a decisão atual: a deterioração das expectativas de inflação, dúvidas quanto ao cumprimento do arcabouço fiscal e um câmbio mais desvalorizado.
O índice Bovespa registrou um crescimento de 3% em julho, enquanto o dólar fechou em 5,66. As incertezas políticas internas e a conjuntura internacional desafiadora foram apontadas como as principais causas dessas movimentações.
Confira o comunicado do Copom na íntegra:
“O ambiente externo mantém-se adverso, em função da incerteza sobre os impactos e a extensão da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e sobre as dinâmicas de atividade e de inflação em diversos países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes.
Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado. A desinflação medida pelo IPCA cheio tem arrefecido, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.
As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,1% e 4,0%, respectivamente.
As projeções de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2026* situam-se em 3,4% no cenário de referência e 3,2% em cenário alternativo, no qual a taxa Selic é mantida constante ao longo do horizonte relevante.**
O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado. O Comitê avalia que as conjunturas doméstica e internacional exigem ainda maior cautela na condução da política monetária. Em particular, os impactos inflacionários decorrentes dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, caso esses se mostrem persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância.
O Comitê monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal, junto com outros fatores, tem impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.
Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 10,50% a.a. e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.
A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.
O Comitê, unanimemente, optou por manter a taxa de juros inalterada, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam acompanhamento diligente e ainda maior cautela. Ressalta, ademais, que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno da meta. O Comitê se manterá vigilante e relembra que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira”.
Taxa de juros dos EUA
Também foi divulgada nesta quarta a decisão da taxa de juros do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed). O Fomc (o comitê de política monetária do Fed) manteve a manutenção dos juros, hoje no intervalo entre 5,25% e 5,50%.
Mas, ao contrário do que é esperado do Brasil, a perspectiva é de que Fed inicie o corte dos juros na próxima reunião, em 17 e 18 de setembro, mesmo que os dados de inflação do país indiquem um cenário de preços elevados. A meta de inflação nos EUA é 2% ao ano.
No dia 11 de abril, o Banco Central (BC) colocou em circulação uma nova moeda de R$ 5 para celebrar os 200 anos da primeira Constituição. Relembre outras moedas comemorativas lançadas pelo BC ao longo dos anos! Reprodução: Flipar
1992: Foram lançadas 40 mil unidades de 500 Cruzeiros em homenagem aos 500 anos da chegada da primeira frota de Colombo à América. Reprodução: Flipar
1992: Foram fabricadas 30 mil moedas no valor de 2 mil cruzeiros em homenagem ao tema da Conferência das Nações Unidas realizada no Rio de Janeiro em 1992. Reprodução: Flipar
1994: 9 mil moedas em homenagem à conquista do Tetra foram fabricadas pelo BC. Reprodução: Flipar
1994: Moeda de R$ 20, em homenagem ao Campeonato Mundial de Futebol de 1994. Foram fabricadas 2 mil unidades. Reprodução: Flipar
1994: Foram fabricadas 7 mil unidades de R$ 2, em homenagem aos 300 Anos da Casa da Moeda do Brasil. Reprodução: Flipar
1995: Foram lançadas 10 mil unidades de moedas de R$ 2 lançada em homenagem ao piloto Ayrton Senna. Reprodução: Flipar
1995: Moeda em homenagem aos 30 Anos do Banco Central. Foram produzidas 10 mil unidades de R$ 3. Reprodução: Flipar
1997: Moeda comemorativa dos 100 Anos de Belo Horizonte. Foram fabricadas 20 mil unidades de R$ 3. Reprodução: Flipar
2000: O BC lança 15,3 mil unidades de moedas de R$ 5 em homenagem aos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Reprodução: Flipar
2000: Outro modelo lançado em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil, esse de R$ 20. Reprodução: Flipar
2002: Foram lançadas 30 mil unidades de moedas de 5 R$ em homenagem ao pentacampeonato da Seleção Brasileira de Futebol. Reprodução: Flipar
2002: Moeda Comemorativa do Centenário de Carlos Drummond de Andrade. Foram fabricadas 20 mil unidades de R$ 2. Reprodução: Flipar
2002: 20 mil unidades de moedas de R$ 2 foram fabricadas em homenagem ao centenário de Juscelino Kubitschek. Reprodução: Flipar
2003: Em homenagem ao Centenário de Candido Portinari, foram fabricadas 2 mil moedas de R$ 2. Reprodução: Flipar
2003: 7 mil moedas de R$ 2 em homenagem ao Centenário do músico e compositor Ary Barroso. Reprodução: Flipar
2004: Em homenagem ao Centenário da FIFA, foram fabricadas 25 mil unidades de moedas de R$ 2. Reprodução: Flipar
2006: São lançadas 15 mil unidades de moeda de R$ 2 em homenagem ao centenário do voo do 14 Bis. Reprodução: Flipar
2007: Em homenagem aos Jogos Pan-Americanos no Rio, foram fabricadas 20 mil unidades de moedas de R$ 5. Reprodução: Flipar
2008: Moeda comemorativa dos 200 Anos da Chegada da Família Real ao Brasil. Foram lançadas 10 mil unidades. Reprodução: Flipar
2008: Moeda Comemorativa do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Foram fabricadas 10 mil unidades de R$ 2. Reprodução: Flipar
2010: Moeda de R$ 5 comemorativa da Copa do Mundo da FIFA – África do Sul 2010. Foram fabricadas 25 mil unidades. Reprodução: Flipar
2010: Foram fabricadas 30 mil unidades de moedas de R$ 5 em homenagem à cidade de Brasília, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Reprodução: Flipar
2011: Foram fabricadas 10 mil unidades de moedas de R$ 5 em homenagem à cidade de Ouro Preto, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Reprodução: Flipar
2012: 20 mil unidades de moedas de R$ 5 em comemoração à Entrega da Bandeira Olímpica ao Rio de Janeiro no encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Reprodução: Flipar
2012: Moeda de R$ 1 em comemoração à entrega da Bandeira Olímpica. Reprodução: Flipar
2012: Moeda Comemorativa do Ano Internacional das Cooperativas. Foram fabricadas 10 mil unidades de R$ 5. Reprodução: Flipar
2012: Foram fabricadas 10 mil unidades de moedas de R$ 5 em homenagem à cidade de Goiás, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Reprodução: Flipar
2013: Foram fabricadas 10 mil unidades de moedas de R$ 5 em homenagem à cidade de Diamantina, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Reprodução: Flipar
2014: Foram fabricadas 10 mil unidades de moedas de R$ 5 em homenagem à cidade de São Luís, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Reprodução: Flipar
2014: Foram feitos diversos modelos de moedas comemorativas da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Essa, de R$ 10, teve 5 mil unidades fabricadas. Reprodução: Flipar
2014: Outro modelo de moedas comemorativa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, dessa vez de R$ 2. Foram fabricadas 20 mil unidades. Reprodução: Flipar
2015: Foram fabricadas 10 mil unidades de moedas de R$ 5 em homenagem à cidade de Salvador, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Reprodução: Flipar
2016: Moedas Comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Foram fabricadas 5 mil unidades. Reprodução: Flipar
2016: Moeda de R$ 1 comemorativa em homenagem aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Foram produzidas 20 milhões de unidades. Reprodução: Flipar
2016: Moeda de R$ 1 com o mascote Vinícius em homenagem aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Foram produzidas 20 milhões de unidades. Reprodução: Flipar
2016: Foram fabricadas 10 mil unidades de moedas de R$ 5 em homenagem à cidade de Olinda, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Reprodução: Flipar
2022: Foram lançadas 20 mil unidades de moedas de R$ 5, em homenagem ao Bicentenário da Independência. Reprodução: Flipar
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