Da Redação Avance News
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (19) que o plano de recuperação da agropecuária do Rio Grande do Sul deve ser anunciado após o lançamento do Plano Safra 2024/25. “Não é adequado lançar plano de recuperação junto com o lançamento do Plano Safra. Não é momento porque precisamos de mais tempo para quantificar e estratificar o que será necessário”, disse Fávaro, durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados sobre a importação de arroz pelo governo federal.
Parlamentares cobraram um plano de reestruturação dos produtores ao governo e citaram que já passaram 50 dias desde o início das enchentes no estado.
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Segundo Fávaro, a possibilidade de fazer os dois anúncios conjuntamente foi até cogitada pelo ministério em reunião com o Ministério da Fazenda. “Mais da metade da reunião foi para falar sobre o RS”, pontuou. Fávaro destacou que medidas para socorro aos produtores já estão sendo estruturadas. “O governo liberou mais de R$ 100 bilhões em medidas que incluem produtores. São fontes de recursos distintas e o recurso extraordinário para o RS pode ser debatido melhor”, disse. Ele lembrou que a pasta instalou um gabinete itinerante no Estado.
O ministro destacou que há prazo hábil para o Executivo apresentar novas medidas de reestruturação ao setor agropecuário até 15 de agosto, data em que o pagamento das parcelas de dívidas estão suspensas. “Não tem nenhuma conta vencida até 15 de agosto, mas não acho necessário esperar até lá porque sei da ansiedade dos produtores que estão desnorteados porque perderam tudo”, afirmou o ministro. “Outra fase de entregas ao RS será feita com atas de entregas de máquinas e equipamentos nos próximos dias”, acrescentou.
Presente à audiência pública, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que a bancada considera que o auxílio do plano emergencial ao RS não bem calculado junto ao Plano Safra “causa confusão”. “A emergência do RS é prioridade para qualquer um. São fontes distintas e assuntos distintos”, afirmou Lupion.