O criador responsável pela granja com o caso de gripe aviária será indenizado após o abate sanitário de todas as aves da propriedade. De acordo com a Associação Mato-grossense de Avicultura (AMAV), o foco da doença está longe de centros comerciais e não apresenta risco ao mercado de avicultura do estado.
O foco de gripe aviária foi confirmado no último sábado (7), em Campinápolis (MT). Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Serviço Veterinário Oficial interditou a propriedade e coletou amostras para análise laboratorial, as quais resultaram positivas para a gripe aviária.
Ainda segundo a AMAV, os responsáveis farão o quantitativo de aves abatidas ao final do procedimento. O valor da indenização deve ser de R$ 25 por cabeça.
Até lá, a propriedade segue com os protocolos de biossegurança exigidos pelo Mapa:
- Estabelecimento de barreira sanitária na propriedade afetada para impedir o trânsito de animais, materiais e equipamentos potencialmente contaminados;
- Abate sanitário de todas as aves existentes no local;
- Desinfecção completa da área contaminada.
Medidas adotadas
O caso registrado em Campinapólis é o quarto foco da doença em aves de subsistência detectado no Brasil. As medidas de erradicação e as ações de vigilância no raio de 10 km ao redor do foco foram iniciadas nesse domingo (08). O Mapa esclarece que, no raio detectado, não há estabelecimentos avícolas comerciais.
A ocorrência do foco confirmado de IAAP em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros.
Situação de emergência
Nesta terça-feira (10), o governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), decretou emergência zoossanitária em Mato Grosso por 90 dias em razão do caso em Campinápolis. O prazo de 90 dias de vigência começou a contar no dia em que o vírus foi detectado e pode ser prorrogado.