O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço dos Estados Unidos
Confirmando o que já havia anunciado na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, nesta terça-feira (3), o decreto que dobra as tarifas de importação sobre aço, alumínio e derivados, que passarão de 25% para 50%, já a partir desta quarta-feira (4).
O Reino Unido, que recentemente chegou a um acordo comercial com os norte-americanos, é o único país que tarifas de 25%.
O novo decreto confirma a promessa feita por Trump na última sexta-feira (30).
Na última sexta-feira (30), Donald Trump usou as redes sociais para adiantar a informação sobre o aumento das tarifas sobre o aço e alumínio, mas não disse quando ele começaria a valer.
O argumento do presidente, na postagem, era “proteger ainda mais a indústria siderúrgica americana”.
No texto assinado nesta terça, a justificativa para a medida é a garantia a segurança nacional do país.
Desde o anúncio do tarifaço de Trump, em abril, muitos países iniciaram negociações com os Estados Unidos. O clima ficou bem tenso com a China.
Começou então uma briga na Justiça, as taxas foram parcialmente suspensas, mas o governo conseguiu retomá-las judicialmente, e, logo depois, anunciou que entraão em vigor, integralmente, em 8 de julho.
Impacto
O Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço do país, será impactado, assim como o Canadá, que ocupa o primeiro lugar, e o México, que vem logo depois do Brasil.
De acordo com o Departamento de Comércio norte-americano. O Brasil fechou 2024 com um total de 4,1 milhões de toneladas de aço exportadas para os norte-americanos.
O Canadá foi responsável por 6 milhões de toneladas e o México, 3,2 milhões de toneladas.
Ao todo, cerca de 25% do aço utilizado nas indústrias dos EUA é importado. No caso do alumínio, cujo principal exportador para o país também é o Canadá, essa parcela é de 50%.