De acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas do comércio varejista
brasileiro voltado para o próximo Dia dos Namorados
deverá totalizar R$ 2,59 bilhões em 2024. Confirmada essa expectativa, o resultado das vendas registrará um avanço de 5,6% em relação à mesma data de 2023. O Dia dos Namorados é a sexta data comemorativa mais importante do varejo em termos de movimentação financeira.
Parte da expectativa de avanço nas vendas em uma data que tende a movimentar segmentos dependentes do crédito pode ser atribuída ao comportamento recente do mercado de crédito. A maior demanda por esses recursos em um cenário de expansão do mercado de trabalho advém da redução do comprometimento da renda das famílias bem como da redução dos juros das operações de crédito.
“Mesmo que o cenário macroeconômico ainda apresente desafios, o avanço nas vendas projetadas para o Dia dos Namorados reflete uma melhora nas condições de crédito e na confiança do consumidor”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Regionalmente, São Paulo (R$ 829,7 milhões), Minas Gerais (R$ 252,2 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 221,2 milhões) responderão por mais da metade da movimentação financeira nacional. Para o Rio Grande do Sul, estado severamente afetado pela tragédia climática
de maio, a CNC projeta queda de 33,7% em relação à mesma data de 2023, com movimentação financeira de R$ 127,1 milhões.
Conforme o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, a previsão de aumento das vendas é explicada por um conjunto de fatores. “A redução do comprometimento da renda e a queda dos juros das operações de crédito têm incentivado o consumo”, analisa Bentes. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de março, também apurada pela CNC, 30,2% dos rendimentos das famílias estão comprometidos com o pagamento de dívidas.
Roupas e calçados serão os presentes preferidos
Carro-chefe das vendas associadas ao Dia dos Namorados, o segmento de vestuário, calçados e acessórios deverá movimentar R$ 1,083 bilhão, o equivalente a 42% do volume total de vendas. Em relação ao ano passado (R$ 1,01 bilhão), esse ramo do varejo deve apresentar aumento real de 6,7%.
Em segundo lugar, com 28% das vendas, estão as lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com vendas previstas na casa dos R$ 727 milhões, um avanço de 3,2% no comparativo anual. Por outro lado, as vendas de itens de farmácias, perfumarias e cosméticos tendem a avançar apenas 1,6% e devem responder por pouco mais de 10% de toda a movimentação financeira esperada.
Ainda pressionados por questões de oferta, os bens e serviços associados à data devem ter alta média de 3% nos preços, menos que no ano passado, quando chegaram a ficar 8,4% mais caros. Destacam-se, nesse contexto, as altas mais acentuadas dos preços de livros (12,2%), bebidas alcoólicas (10,8%) e hospedagens (8,2%).
Por outro lado, devem estar mais baixos do que no mesmo período do ano passado os preços dos telefones (com queda de 9,6%), flores (redução de 3,6%), pacotes turísticos (diminuição de 3%) e joias e bijuterias (recuo de 2,6%).
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