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sábado, 12 abril 2025
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Dia Mundial do Câncer alerta para importância da prevenção

O dia 4 de fevereiro foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser o Dia Mundial de Combate ao Cancro e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aproveita a data para fazer um alerta sobre o diagnóstico precoce para o enfrentamento da doença. Segundo levantamento feito pela entidade, 31% dos mais de 760 oncologistas clínicos entrevistados para um recenseamento consideram o diagnóstico tardio uma vez que um dos principais problemas para o controle do cancro no Brasil.

Entre os oncologistas, 19% apontam falhas no entrada e qualidade dos exames de detecção e controle do cancro e 5% se queixam da falta de campanhas ou programas eficientes de conscientização e prevenção, além da baixa adesão da população aos programas de prevenção e tratamento já existentes. O maior problema assinalado pela pesquisa realizada no ano pretérito foi a dificuldade de entrada a novos tratamentos.

Segundo a Presidente da SBOC, Anelisa Coutinho, o recenseamento permitiu que a entidade conhecesse os desafios apresentados pelos profissionais. “A partir dessas informações, a SBOC tem buscado ampliar parcerias para facilitar o governo e demais tomadores de decisão em diferentes ações voltadas ao entrada a novas terapias. Em nossos eventos e canais de informação com a sociedade, também temos promovido diferentes ações de conscientização e prevenção do cancro.”

Para contribuir e fortalecer o tratamento do cancro no Sistema Único de Saúde (SUS), a SBOC vai oferecer, por meio de uma dessas parcerias, um treinamento virtual sobre oncologia clínica direcionado para os agentes comunitários de saúde. O teor será disponibilizado pelo aplicativo Con.te, que é uma plataforma voltada a esses profissionais e mantida pelo Juízo Pátrio de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Grupo Laços. “A atuação da SBOC neste projeto será de curadoria e produção de conteúdos técnicos sobre oncologia com foco nos agentes de saúde”, explicou a SBOC.

Cancro de peito

Depois Dia Mundial do Cancro, o dia 5 de fevereiro foi definido uma vez que o Dia Mundial da Mamografia, mais uma oportunidade para substanciar a premência da prevenção. O cancro de peito é o subtipo mais geral da doença entre as mulheres. O Instituto Pátrio de Cancro (INCA) estima que o Brasil tenha murado de 700 milénio novos casos de cancro por ano entre 2023 e 2025.

O cancro é a segunda doença que mais mata no mudo, com murado de 9,6 milhões de mortes anuais. O cancro de peito é o primeiro mais incidente, atingindo 10,5% da população, seguido do cancro de próstata, com 10,2%.

De concordância com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), entre 30% e 50% dos cânceres podem ser evitados por meio da implementação de estratégias baseadas na prevenção. Por isso, as entidades médicas aproveitam essas datas para substanciar a influência da prevenção e do diagnóstico precoce.

Exames

Uma pesquisa encomendada por um laboratório farmacêutico revelou que a disseminação da prevenção ao cancro de peito ainda é baixa no Brasil. Segundo o estudo, unicamente dois terços das 1.007 entrevistadas realizam autoexame, exames clínicos e mamografias, quando estimuladas e orientadas por seus médicos. Os dados mostram que 64% das brasileiras acreditam que o cancro de peito se desenvolve exclusivamente de forma hereditária.

Os números também indicam que 42% das mulheres nunca realizaram a mamografia, porque algumas se consideram jovens demais e outras alegam falta de pedido médico. Foram entrevistadas mulheres entre 25 e 65 anos. A pesquisa O que as mulheres brasileiras sabem sobre o cancro de peito, atitudes e percepções sobre a doença mostrou que sete em cada dez mulheres consultaram ginecologistas no último ano, com variações notáveis entre as classes sociais. Entre as classes mais altas e com maior escolaridade a taxa é de 80, enquanto 2% das entrevistadas afirmam nunca terem consultado ginecologista.

Com relação à realização do vistoria de mamografia, 49% das mulheres afirmam que fazem regularmente. Pelo menos 60% são das classes A/B, enquanto 37% são das classes D/E. Duas em cada dez mencionaram que o vistoria foi realizado porque o médico solicitou (20%), enquanto 16% afirmaram que o fizeram devido à sensação de um caroço ou nódulo.

A recomendação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento, aquela que é feita quando não há sinais nem sintomas, seja realizadas em mulheres com idade entre 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos, uma vez que forma de identificar o cancro antes do surgimento de sintomas.

A diretora de oncologia do laboratório responsável pela pesquisa, Flávia Andreghetto, ressaltou que é preciso ter um diálogo desobstruído e evidente com as mulheres devido à influência da conscientização sobre os problemas que podem afetar a saúde feminina. “Ao considerar que muitas mulheres já compreendem que a detecção precoce da doença pode valer uma perspectiva de vida melhor, tornando-se crucial quando se aborda os diferentes subtipos, diagnosticar a doença nos estágios iniciais pode culminar em tratamentos mais eficazes, oferecendo, conforme o subtipo, opções mais vantajosas para as pacientes”, disse.



Fonte: Agência Brasil

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