O dólar abriu em queda nesta terça-feira (11), com recuo de 0,3%, negociando a R$ 4,88 frente o real, por volta das 9h05. Após fechar o último pregão em queda de 0,8%, com a alta dos juros em toda a curva, enquanto investidores analisaram novas previsões para a queda da inflação em 2023.
Nesta manhã, o mercado acompanha os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), que registrou uma queda de 0,08% no período. O dado é importante para entender o que pode acontecer com a taxa Selic do Banco Central (BC).
Grande parte dos economistas já enxergam uma inflação negativa. Com isso, aumentam as expectativas de que o IPCA conseguirá encerrar 2023 abaixo do teto da meta de inflação para o ano.
O BC persegue o alvo de 3,25%, com margem de tolerância entre 1,75% e 4,75%. Até poucos meses atrás, era consenso entre economistas de que o limite seria extrapolado, pela terceira vez seguida, ao fim de 2023.
Nos mercados globais, os investidores operam em compasso de espera pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos (EUA) e pelo Índice de Preços ao Produtor (PPI) do país, que serão divulgados nesta quarta-feira (11).
O resultado dos indicadores será um importante sinalizador para o futuro dos juros americanos, calibrando as apostas dos investidores para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed).
Enquanto isso, o pregão na China fechou no campo positivo, com os dados de vendas de automóveis em junho permanecendo sólidos. O governo do país também estendeu seu suporte ao setor imobiliário, alimentando as esperanças de uma nova rodada de afrouxamento monetário.
O movimento acontece após os dados de inflação ao produtor caírem em seu ritmo mais rápido em mais de sete anos na véspera, enquanto os preços ao consumidor arrefeceram até ficarem à beira da deflação no país.
*Com informações de Juliana Elias e agência Reuters