Do totalidade de 6.640 vagas em 21 órgãos federais, ofertadas no Concurso Pátrio Unificado (CNU), 1.875 são para pessoas com formação superior em “qualquer espaço de conhecimento”. Também há cargos que descrevem uma especialidade, mas não exigem diploma específico, uma vez que as 300 vagas para crítico em tecnologia da informação no Ministério da Gestão, e 900 para auditor fiscal do trabalho.
Mas uma vez que o candidato consegue saber se vai se apropriar ao serviço, se não é uma função que aprendeu na faculdade? O professor Francisco Antônio Coelho Júnior, do Departamento de Governo da Universidade de Brasília, explica que o primeiro passo é escolher o conjunto com o qual tenha mais afinidade.
“Quando analisamos o edital, temos aí os oito blocos temáticos, em que o candidato escolhe um a partir do alinhamento com o que interessa, com o que o motiva, de possibilidades de organizações na espaço de gestão governamental e governo pública. Até um conjunto para nível intermediário, não precisa ser um nível superior, há um conjunto ambiental, um de qualidade de vida e saúde do servidor, por exemplo”.
O professor lembra que um dos principais atrativos do concurso público é a remuneração. Destaca, porém, que é importante estar circunspecto a outras questões antes de escolher o missão ao qual pretende concorrer, uma vez que a identificação com o seu perfil e as competências exigidas.
“Existe o vista de uma remuneração não financeira, em que outros elementos são levados em conta, uma vez que as condições de trabalho, um envolvente aprazível para se trabalhar. É muito importante que cada candidato tenha conhecimento do nível de dificuldade que vai enfrentar, a partir da natureza do missão que ocupará ou a partir do conjunto temático que vai escolher primeiro para fazer o concurso. Cada missão tem uma identidade”.
As atribuições de cada função estão descritas nos editais. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Ester Dweck, em entrevista ao programa Bom dia, Ministro, do Meio Gov, explica que o processo de tirocínio é contínuo a partir do momento em que o ratificado é convocado para assumir a vaga.
“A gente está realmente querendo esse perfil de funcionário público que tenha bom conhecimento específico, mas que também, a partir do momento que entrar no serviço público, tenha capacidade de continuar aprendendo. Porque ninguém entra no serviço público sabendo tudo que vai precisar fazer, serviço público é uma escola”.
A ministra lembra que muitos cargos têm a lanço de formação uma vez que secção integrante do concurso.
“A partir do momento em que você entra, vai num processo contínuo de tirocínio, e a gente espera que seja capaz de continuar aprendendo ao longo da sua vida laboral. Esperamos que a pessoa que entre agora fique aí uns 20 30 anos no serviço público federalista, portanto ela vai mudar de espaço, fazer outras coisas”.
Para o professor Francisco Coelho Júnior, é importante também lembrar que o serviço público tem uma vez que objetivo atender às necessidades da população nas mais diversas áreas. De negócio com ele, a governo federalista está cada vez mais profissionalizada.
“A burocracia é importante e é necessária, garante a impessoalidade, o tratamento justo, a justiça, garante o foco nas competências. O que normalmente a população confunde é o excesso, a burocratização extrema, que é chamada de disfunção da burocracia, mas isso é uma confusão normal e proveniente que a população uma vez que um todo tem, o tino geral faz”.
Ester Dweck destaca que o formato unificado permite que pessoas de todo o país concorram às vagas, já que as provas serão aplicadas em 220 cidades de todos os estados, possibilitando maior flutuação na contratação dos servidores públicos. Com isso, o serviço público poderá recontar com uma burocracia que é a rostro do Brasil, segundo a ministra.
“Os concursos abertos, às vezes, eram só em Brasília. E se eu fizer um concurso só em Brasília, não estou garantindo a flutuação do Brasil para entrar no serviço público brasílio. Porque quanto mais flutuação dos servidores públicos, maior a capacidade de pensar soluções inovadoras para as políticas públicas e saber a veras das pessoas”.
A taxa de letreiro no CNU, que vai até sexta-feira (9), custa R$ 60 para os cargos de nível médio e R$ 90 para os de nível superior. Todas as informações sobre o concurso podem ser conferidas no portal gov.br/concursonacional.