O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta terça-feira (9), durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, esperar que o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, traga indícios para o começo de uma conversa sobre paz de sua viagem à Ucrânia sobre o conflito com a Rússia.
“Hoje o Celso Amorim chegou na Ucrânia, ele já tinha ido à Rússia, ele viajou 12 horas de trem para poder chegar. Eu espero que o Celso me traga não a solução, mas que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz”, afirmou Lula.
“Ele já sabe o que o [Vladmir] Putin quer, ele agora vai saber o quer o [Volodymyr ] Zelensky. E, aí, vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de parar essa guerra”, continuou o presidente brasileiro.
Em sua viagem à Rússia no começo de abril, Amorim disse à CNN que não estão “totalmente fechadas” as portas para uma negociação de paz com o país.
Lula explicou ainda que o primeiro caminho não é da paz, mas sim da necessidade de parar a guerra, mas que isso não é fácil.
“Todo mundo sabe que o Brasil condenou a ocupação territorial da Ucrânia feita pela Rússia, o Brasil já votou na ONU e repetiu o voto. Mas, ao mesmo tempo, achamos que é preciso não estimular a continuidade do erro. É preciso tentar dar uma para nisso”.
Rutte relatou que ficou feliz por ter conversado sobre a Ucrânia com Lula. Em sua fala, ele mencionou que “os Países Baixos vão apoiar a Ucrânia o tempo que for necessário”.