Da Redação Avance News
O cenário de chuvas no país vem apresentando um comportamento de extremos. Essas chuvas estão ocorrendo de forma frequente, muitas vezes acompanhadas de eventos de tempo severo, como queda de granizo, vendavais e até mesmo tornados.
O outro cenário extremo é a estiagem prolongada da região norte, uma vez que desde meados de Junho, as chuvas estão ocorrendo de maneira irregular ou abaixo da média sobre a região.
As projeções para esta semana entre os dias 10 e 17 de Outubro indicam o início provável da estação chuvosa em áreas do centro-oeste, sudeste e até mesmo na região norte. As instabilidades devem ser recorrentes, mas ainda muito irregulares. No acumulado da semana, alguns pontos tem previsão entre os 70 a 100 mm.
Por outro lado, a região sul tem novos alertas em função das chuvas. Essas instabilidades dão uma trégua no início do período, mas entre os dias 23 e 13, uma nova rodada de chuvas deve trazer eventos de tempo adverso que podem deflagrar novos episódios de enchentes e inundações – uma vez que o solo ainda está encharcado e os rios em níveis elevados.
Por fim, a metade norte do Sertão Brasileiro, terá mais uma semana de tempo firme e quente. Porém, áreas do MATOPIBA podem receber as chuvas necessárias para o plantio e desenvolvimento inicial da safra 2023/24.
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Sul
Até o próximo dia 11, o tempo segue firme na maior parte das áreas da região sul, quando um novo sistema de baixa pressão deve surgir sobre a fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Este sistema deve trazer novos episódios de chuvas intensas acompanhadas de eventos de tempo adverso como queda de granizo, grandes volumes em curtos períodos de tempo, dentre outros fenômenos, condição que deve persistir entre os dias 12 e 13. A situação é preocupante, uma vez que o solo se encontra saturado de água e os rios ainda com níveis altos, aumentando o risco de novos episódios de enchentes e inundações na região. Os volumes previstos superam os 150 mm na média das projeções, portanto esses valores podem ser superados numa extensa faixa que abrange toda a metade norte do Rio Grande do Sul até o sul do Paraná.
Sudeste
As projeções indicam um cenário de chuvas mais recorrentes, mas que devem se concentrar entre a metade sul de Minas Gerais e São Paulo. Ao longo da semana, as chuvas devem ocorrer em praticamente todos os setores, mas apresentando uma grande irregularidade nos volumes registrados. A tendência indica chuvas mais abrangentes a partir do dia 13, quando uma frente fria – sistema de chuvas – avança para a região. Depois disso, as chuvas devem ocorrer muito pela combinação entre o calor e a umidade.
Centro-Oeste
O comportamento do tempo ao longo da semana dá fortes indicativos de que a estação chuvosa da região se iniciou. Desta forma, é esperado uma maior frequência das instabilidades em todos os setores da região, com destaque para a faixa noroeste sudeste, saindo da região de Aripuanã até o Bolsão Sul Matogrossense. Apesar da frequência e maiores chances para ocorrência das chuvas, ainda são esperados volumes acontecendo de forma muito irregular. Entretanto, um outro fator que segue mexendo com as condições ideais de plantio, são as temperaturas muito acima da média.
Nordeste
O predomínio será de tempo firme, principalmente em setores do interior, cobrindo grande parte do norte do Sertão, desde o centro-norte da Bahia até o sul do Ceará. O tempo firme será acompanhado por temperaturas elevadas e baixos índices de umidade, o que vem limitando as operações em campo na região. As chuvas devem ser um pouco mais recorrentes no Sul e Oeste da Bahia, e Maranhão. Já no leste do nordeste, os ventos oceânicos devem garantir as condições de chuvas com um comportamento de pancadas fracas e isoladas.
Norte
As projeções indicam o retorno das chuvas mais abrangentes na região, especialmente em setores da metade oeste, como no Amazonas, Acre e Rondônia. Os acumulados da semana podem superar a marca dos 100 mm em alguns pontos. Entretanto é importante ressaltar que essas chuvas não são o suficiente para restaurar as condições hídricas da região. Além disso, por mais que sejam previstos acumulados expressivos, a tendência é para chuvas inferiores ao que seria esperado para a época do ano. No leste da região, como no Pará e Tocantins as instabilidade devem ocorrer de maneira irregular, mas sinalizando para o retorno das chuvas mais frequentes.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.*
