O depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias à Polícia Federal (PF) e o início da viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Europa estão entre os destaques desta sexta-feira (21).
Ex-ministro do GSI Gonçalves Dias deve prestar depoimento à PF nesta sexta (21)
O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF) em Brasília, nesta sexta-feira (21), a partir das 9h, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
GDias, como é conhecido, pediu demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a divulgação de imagens com exclusividade pela CNN que o mostram no Palácio do Planalto durante os ataques criminosos contra os Três Poderes em 8 de janeiro.
Na decisão divulgada na quinta-feira (20), Moraes determinou que a PF identifique todos os militares que aparecem nos vídeos e informe se eles já foram ouvidos.
“Caso não tenham sido ouvidos, os depoimentos devem ser realizados em 48 (quarenta e oito) horas”, determinou o ministro.
Lula chega a Portugal para primeira viagem oficial à Europa no 3º mandato
Em busca de fazer um aceno a europeus, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou, na manhã desta sexta-feira (21), a Lisboa, em Portugal, onde ficará entre os dias 21 e 25. Ele também irá para Madri, na Espanha, entre os dias 25 e 26. Esta é a primeira viagem do petista à Europa neste terceiro mandato.
A guerra da Ucrânia deve ser umas das principais pautas de Lula nesta viagem à Europa, após o presidente ter insinuado, durante visita à China na semana passada, que Estados Unidos e Europa contribuem para prolongar o conflito.
A fala de Lula repercutiu negativamente. Funcionários dos governos dos Estados Unidos e da Europa rebateram os comentários, e o G-7 emitiu um comunicado advertindo para “graves custos” para os países que ajudarem a Rússia a driblar as sanções e a manter seu esforço de guerra.
Fontes do governo dizem que a intenção de Lula é manter o mesmo tom usado na visita do presidente da Romênia ao Brasil, quando o chefe do Executivo brasileiro disse condenar a “violação da integridade territorial da Ucrânia”.
Cappelli começa mapeamento do GSI nesta sexta-feira (21)
O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, começa a se reunir com os departamentos da pasta nesta sexta-feira (21), apesar do feriado em Brasília pelo aniversário da cidade.
O objetivo é levantar informações sobre como o GSI funciona e quem são os militares carimbados pelo bolsonarismo, que continuam trabalhando na estrutura, em quem o governo considera que não pode confiar. A decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as possibilidades, há desde o fim do GSI à implementação de um modelo misto de gestão, com a participação de civis e militares.
“Vocês fizeram jornalismo”, diz Padilha à CNN sobre imagens exclusivas
Em entrevista à CNN na tarde desta quinta-feira (20), o ministro de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, avaliou que a CNN fez jornalismo ao divulgar as imagens do circuito interno de 22 câmeras do Palácio do Planalto no dia dos atos criminosos, em 8 de janeiro.
As imagens exclusivas mostram o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias no Palácio do Planalto durante os atos do 8 de janeiro. Ele pediu demissão na quarta-feira (19) após a repercussão.
“O que vocês [CNN] fizeram foi jornalismo. Receberam um conjunto de imagens de alguma forma e fizeram aquilo que o jornalismo tem que fazer: colocar a público. A mídia e o jornalismo têm a função de trazer isso a público”, disse o ministro.
A CNN repudia as insinuações do ex-ministro Gonçalves Dias sobre a reportagem que o levou à saída do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Diante das declarações do general, a CNN informa que a íntegra das imagens que envolvem o ex-ministro e os criminosos que invadiram o Palácio do Planalto está disponível em todas as suas plataformas.
PT espera ter maioria na CPI no Senado, mas prevê dificuldade na Câmara
O Palácio do Planalto tem debatido nas últimas horas o papel da base do governo na agora já palpável Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro.
A articulação governista partiu para ação. A ordem chegou no Congresso Nacional vinda do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
“Vamos orientar líderes dos partidos da base a indicar membros para essa CPMI, vamos enfrentar este debate político que está tentando ser criado por aqueles que passaram pano aos atos terroristas de 8 de janeiro”, afirmou o ministro.
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* Publicado por Léo Lopes