Da Redação Avance News
Em um início de ano preocupante para a lavra, o Consórcio Antiferrugem registrou um aumento significativo de casos de ferrugem asiática nas lavouras de soja do Rio Grande do Sul.
Com 51 novos relatos em janeiro, somando-se aos 37 ocorridos em dezembro, o estado enfrenta uma incidência precoce da doença, totalizando 88 casos na safra atual. Levante cenário coloca os agricultores em alerta, principalmente porque 96% dos casos foram identificados antes da temporada de recheio de vagens, um estágio crucial para o desenvolvimento da soja.
A pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, aponta o excesso de chuvas no início da safra uma vez que um dos principais fatores que atrasaram a semeadura no sul do país, mormente no Rio Grande do Sul. Esse delongado resultou em uma heterogeneidade no desenvolvimento das plantações, aumentando a vulnerabilidade das lavouras semeadas mais tarde ao ataque do fungo P. pachyrhizi, ocasionador da ferrugem asiática.
Nas redes sociais, a comunidade agrícola vem compartilhando experiências de subida severidade da doença, mesmo depois a emprego de fungicidas, indicando possíveis falhas no controle. Nesse contexto, Godoy enfatiza a prestígio da escolha adequada dos fungicidas, destacando os mais utilizados: Inibidores de desmetilação (IDM), Inibidores da Quinona externa (IQe) e Inibidores da Succinato Desidrogenase (ISDH).
Entretanto, o controle da ferrugem asiática está se tornando cada vez mais reptador devido à menor sensibilidade do fungo a esses fungicidas e à identificação de novas mutações que afetam a eficiência de componentes ativos específicos, uma vez que protioconazol e tebuconazol. A recomendação é utilizar esses ativos em rotação e combiná-los com fungicidas multissítios, visando uma maior eficiência no controle.
A Embrapa também orienta que o controle químico seja iniciado logo no emergência dos primeiros sintomas da doença, mesmo que estes se manifestem no estágio vegetativo, e que se respeite o pausa de 14 dias entre as aplicações.
Atualmente, o Brasil contabiliza 258 focos de ferrugem asiática na safra 2023/24, uma subtracção em relação aos 295 casos do ciclo anterior. Desde sua primeira identificação no país, em 2001, a ferrugem asiática se estabeleceu uma vez que a principal prenúncio à cultura da soja, com potencial de reduzir a produtividade em até 90% se não for adequadamente controlada.
Para combater essa prenúncio, a Embrapa reitera a prestígio de estratégias de manejo integrado, incluindo o vazio sanitário para reduzir o inóculo do fungo, o uso de cultivares de ciclo precoce, a semeadura no início do período recomendado e o uso estratégico de fungicidas. Essas medidas são fundamentais para proteger as lavouras brasileiras dessa doença devastadora e confirmar a produtividade da soja no país.
com informações do Mundo Rústico