O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi exonerado oficialmente do cargo nesta quarta-feira (9).
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União, assinada pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Alckmin está como presidente em exercício desde terça, com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula da Celac em Honduras.
A exoneração foi publicada com o termo “a pedido” – usada quando o próprio ministro decide deixar o cargo.
Segundo o blog do Valdo Cruz, a decisão de Juscelino foi informada a Lula pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) – que é do mesmo partido do agora ex-ministro e participou do almoço no qual a legenda sacramentou a decisão.
Juscelino anunciou sua saída do cargo na noite de terça (8), após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em uma investigação sobre desvio de emendas. Ele nega irregularidades.
Segundo o Palácio do Planalto, o ministro foi orientado por Lula a deixar o governo para se concentrar na sua defesa. O presidente, que está em viagem a Honduras, discute com o União Brasil, partido de Juscelino, um novo nome para as pasta das Comunicações.
União deve seguir no comando
Um dos favoritos para herdar o cargo é o deputado federal Pedro Lucas (MA), líder do União Brasil na Câmara dos Deputados. O parlamentar tem apoio da cúpula do partido e, recentemente, integrou a comitiva de Lula durante viagem ao Japão e ao Vietnã.
Caso o nome de Lucas seja confirmado, Lula manterá à frente das Comunicações um deputado federal do Maranhão. Juscelino é parlamentar e estava licenciado do cargo desde janeiro de 2023, quando assumiu o cargo no primeiro escalão do governo.
O Ministério das Comunicações responde pela política de telecomunicações, radiodifusão e serviços postais. Os Correios ficam na estrutura da pasta.