Membros de uma organização criminosa foram alvos de 20 ordens judiciais, nesta quarta-feira (14), por policiais civis da Delegacia de Tapurah (MT). Os suspeitos são responsáveis pelo chamado “tribunal do crime” no município.
No total, foram cumpridas 11 ordens de busca e apreensão, seis de prisão preventiva e três de internação provisória contra menores infratores. Os mandados judiciais foram decretados no percurso da investigação que apura a prática de crimes de sequestro e tortura contra três pessoas em Tapurah.
Dos mandados judiciais de busca e apreensão, três deles foram cumpridos na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, onde os investigados encontram-se recolhidos.
Em outro endereço alvo na cidade de Tapurah, foram apreendidas várias porções de maconha. Os suspeitos foram conduzidos para a delegacia e também autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
O trabalho também integra a Operação Erga Omnes, do planejamento estadual da Polícia Civil de Mato Grosso, para combater a organizações criminosas.
O crime
No mês de julho, dois homens e uma mulher foram sequestrados e torturados por integrantes de uma facção, após serem submetidos ao “tribunal do crime” pela suspeita de serem ligados a uma facção rival.
O crime foi transmitido através de videochamada feita com três líderes da facção, que atualmente cumprem pena na Penitenciária Central do Estado. Mesmo recolhidos, eles continuam dando ordens e coordenando as atividades criminosas.
Com base nos indícios, os policiais civis identificaram os envolvidos na rede de tortura e de sequestro, além de outras crimes praticados pela facção.
A operação contou com apoio das Delegacias Regional, Municipal e Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de Nova Mutum, e das Delegacias de Lucas do Rio Verde, Diamantino e São José do Rio Claro.
Nome da Operação
Justiça Impura faz referência aos “Tribunais do Crime” praticados por integrantes de facção criminosa, que punem vítimas inocentes.