domingo, 17 novembro 2024
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Guatemala autoriza reativação de mina de níquel de capital suíço

Carlos ALONZO

Vista área de uma mina de níquel na Guatemala

Carlos ALONZO

A Guatemala autorizou a reativação de uma mina de níquel da suíça Solway Investment, após os Estados Unidos levantarem algumas sanções por “corrupção” contra a empresa, informou o Ministério de Energia nesta sexta-feira (30).

A Companhia Processadora de Níquel de Izabal (Pronico) e a Companhia Guatemalteca de Níquel (CGN), subsidiárias da Solway, suspenderam as operações em março de 2023, quatro meses depois de serem sancionadas por “corrupção” e “tráfico de influências” por Washington.

As sanções foram levantadas em janeiro pelo Departamento do Tesouro americano, e a Pronico estava à espera de o governo guatemalteco renovar as autorizações de exportação.

A Pronico indicou em um comunicado enviado à AFP que espera que a produção “seja retomada em um prazo de 8 a 10 meses”, “uma vez garantido o financiamento”, que será gerido em bancos internacionais.

“A Solway e a Pronico adotaram novas práticas de luta contra o suborno e a corrupção, assim como o respeito aos direitos humanos, sob a supervisão de especialistas internacionais”, disse a empresa.

A CGN explora a mina e a Pronico processa o minério e o exporta. Agora, ambas serão supervisionadas por outra filial da Solway com base nos Estados Unidos, segundo o comunicado.

A mina está localizada nos municípios de El Estor e Los Amates, sobre o Caribe, epicentro de confrontos entre policiais e indígenas maias que são contra a exploração de minério e denunciam danos ao meio ambiente.

Em novembro de 2021, o governo anterior da Guatemala, presidido por Alejandro Giammattei (2020-2024), declarou um estado de prevenção na área após um longo protesto de indígenas que bloquearam a passagem de caminhões de mineração. Uma manifestação resultou na morte de um pescador em 2017.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou no final de 2023 a Guatemala ao considerar que o país violou os direitos de uma comunidade maia q’eqchi’ ao permitir a usurpação e operação da mina em suas terras ancestrais.



Fonte: iG

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