O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), trocaram farpas no Twitter (X) durante esta semana. Os dois discutiram sobre a sugestão do governo Lula para o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados junto à União (Propag).
O Propag é um programa do governo pensado para que os estados e o Distrito Federal possam pagar suas dívidas com a União. Com edição de Lula (PT), no entanto, o programa pode afetar negativamente estados que aderiram ao RRF. Zema foi contra os vetos e garantiu que Minas não vai aderir ao novo programa caso vetos não caiam.
“Gastança” do governo
Durante a tarde da terça-feira (14), Zema publicou:
O governo federal quer que os estados paguem a conta de sua gastança. Com vetos ao Propag, Lula quer obrigar os mineiros a repassar R$ 5 bi a mais em 25/26, apesar do recorde de arrecadação federal: R$ 2,4 trilhões em 2024. É dinheiro para sustentar privilégios e mordomias.”
Em outro Tweet, continuou: “Enquanto os estados lutam para equilibrar contas, o Planalto mantém 39 ministérios, viagens faraônicas, gastos supérfluos no Alvorada e um cartão corporativo sem transparência. Até quando o contribuinte vai bancar essa desordem?”
Haddad responde
Dois dias depois, durante a tarde desta quinta-feira (16), o ministro publicou na própria conta da rede social uma resposta para o governador de MG:
“Como é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade.
Primeiro: esqueceu de mencionar que se reuniu comigo e apresentou uma proposta para a renegociação das dívidas bem menor que a aprovada e sancionada agora.
O governador também parece ter se esquecido de outra informação: o veto citado por ele simplesmente pedia que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados.
Em terceiro lugar, ele critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante a vigência do Regime de recuperação fiscal, inclusive.”