Da Redação Avance News
A crescente adesão ao uso de suplementos na nutrição bovina, as vantagens da integração lavoura-pecuária e as tendências na redução da idade de abate são temas de extrema importância para os pecuaristas. Com isso em mente, a 20ª edição do talk show “A Voz do Mercado” colocou em destaque questões relacionadas à nutrição, tecnologia e preços no mercado de bovinos.
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Este programa foi transmitido nesta terça-feira, dia 26 de agosto. A mediação do talk show foi conduzida pelo consultor Ivan Wedekin, ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, e pela jornalista Suelen Farias, uma especialista em Novas Mídias com ampla experiência no campo do agronegócio e economia.
O debate aconteceu ao vivo no canal do Agrolink no YouTube. Para discutir esse tópico tão relevante para o agronegócio brasileiro, especialmente considerando que o país é um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, o Agrolink convidou três influentes profissionais do setor. Gustavo Rezende Siqueira, um doutor em Zootecnia que atua como pesquisador na APTA-Colina e é professor no Programa de Pós-graduação em Zootecnia da Unesp. Juliano Sabella Acedo, zootecnista, presidente da ASBRAM e diretor de marketing e serviços técnicos da DSM-Firmenich. E por fim, Marcio Bonin, médico veterinário, diretor de operações da Connan e membro dos comitês técnico e de marketing da ASBRAM.
O doutor em zootecnia e pesquisador na APTA-Colina, Gustavo Rezende Siqueira, comentou sobre a importância da suplementação mostrando o potencial produtivo e também as deficiências do pasto. “O pasto é um alimento de grande qualidade, com potencial produtivo para todos nós, mas ele apresenta uma deficiência. Como se fosse uma estrada com pequenos buracos e a suplementação vem exatamente para tampar isso e nós termos uma rodovia um pouco melhor. A suplementação para as mais diversas categorias, ela é aquele encaixe, é um detalhe, um ajuste que o animal precisa pra ele poder otimizar e usar melhor o pasto”, afirmou o pesquisador.
Durante sua fala, Gustavo Rezende Siqueira, defendeu o potencial sustentável da pecuária brasileira. “O principal redutor de impacto ambiental é em estarmos mais eficientes e produzirmos em menos tempo e economizarmos mais terra. Isso é todo o papel que o Brasil tem essa chance de fazer. Porque no Brasil você chega numa propriedade que ela pode ter pasto adubado por exemplo, pasto integração-lavoura-pecuária, confinamento, suplementação, todas essas estratégias numa mesma propriedade que é um sistema complexo e que está trazendo sustentabilidade para o ecossistema. É um diferencial competitivo na nossa disputa”, comentou Siqueira.
O zootecnista, presidente da ASBRAM e diretor de marketing e serviços técnicos da DSM-Firmenich, Juliano Sabella Acedo, mencionou a importância do Brasil no mercado mundial. “A importância do Brasil no cenário do agronegócio mundial é muito grande quando a gente fala de pecuária de corte. Nós temos o maior rebanho comercial do mundo e somos extremamente relevantes no mercado”, disse Juliano Sabella Acedo. O presidente da ASBRAM também abordou a qualidade da produção nacional. “A nossa relevância é muito grande e o Brasil também tem uma característica que desenvolve uma pecuária única. Estamos na zona tropical, a nossa carne, a produção dela é baseada em pastagem e isso tem todo um diferencial tecnológico tanto em qualidade quanto em sustentabilidade e principalmente em custo de produção”, continuou o presidente da ASBRAM.
De acordo com o presidente da ASBRAM, a tendência é o crescimento da relevância da pecuária brasileira. “O Brasil é extremamente relevante e importante no mercado e a tendência é que essa importância cresça cada vez mais com a evolução tecnológica que a nossa pecuária está imprimindo”, finalizou Acedo.
Marcio Bonin, médico veterinário, diretor de operações Connan e membro dos comitês técnico e de marketing da ASBRAM levantou a importância do monitoramento nas fazendas. “Essa questão do monitoramento e do comportamento dos animais está sendo cada vez mais relevante. Muitas vezes nós trabalhamos com algum tipo de suplemento e dentro de um mesmo lote não conseguimos o mesmo resultado de forma uniforme nos animais. Então hoje esses estudos de comportamentos do rebanho, tanto no pasto quanto no confinamento em termos de monitoramento tem sido importante para a gente saber qual o melhor tipo de suplemento, quais sãos os melhores níveis que a gente vai usar no balanceamento desse suplemento para que atinja o alvo de consumo”, explicou o médico veterinário.
O diretor de operações Connan e membro dos comitês técnico e de marketing da ASBRAM e médico veterinário também mencionou a confiabilidade da tecnologia para pecuária. “Acho que muito das tecnologias que a gente tem de equipamentos, de plataformas tem gerados dados que garantem a tomada de decisão. Ao mesmo tempo, esse conjunto de dados, ele dá uma solidez muito maior em termos de onde o gado está, o que ele consumiu, de onde ele veio, se ele entrou numa área de reserva, se ele não entrou, em que tipo de fazenda ele ficou. Então isso dá uma confiabilidade grande na cadeia como um todo”, disse Bonin.
No final da 20ª edição da “A Voz do Mercado”, Ivan Wedekin deu sua síntese. “A nossa pecuária é a número um no mundo. Ela tem baixo custo de produção, tem potencial de crescimento, especialmente sobre pastagem degradadas, e nós não vemos grandes concorrentes no mundo. Outro ponto, cuidar da suplementação animal é como asfaltar a rota da pecuária. O Márcio disse que ‘ o que engorda o boi é o olho da tecnologia’, ou seja é rastreabilidade, é o monitoramento são os drones, todo o cabedal de tecnologias para medir a eficiência da nossa pecuária, onde os animais podem ser melhor alimentados. Antes se dizia que o ‘o que engorda o boi é o olho do dono’. O que engorda o boi é a gestão da propriedade rural. Nós temos um mar de oportunidades para a nossa pecuária”, finalizou o mediador.
Para acessar as outras edições do talk show e conferir no no canal do Agrolink no YouTube.
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A Voz do Mercado tem o apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (ABISOLO) e da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM).
