O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,11% em janeiro, uma desaceleração em relação aos 0,34% de dezembro, conforme divulgou o IBGE nesta sexta-feira (24). Apesar do recuo, o resultado ficou acima das expectativas de analistas de mercado, que projetavam deflação de 0,02%.
Alimentos continuam a pressionar o índice
A inflação dos alimentos foi destaque, com alta de 1,06% no mês. Esse aumento segue a tendência observada em 2024, quando o grupo acumulou uma expressiva alta de 7,69%, sendo o principal responsável pela pressão inflacionária no ano.
No segmento de alimentação no domicílio, os preços subiram 1,10%, com destaques para:
- Tomate: alta de 17,12%
- Café moído: alta de 7,07%
Por outro lado, alguns alimentos registraram queda:
- Batata-inglesa: recuo de -14,16%
- Leite longa vida: recuo de -2,81%
A alimentação fora do domicílio também registrou aumento, mas em ritmo mais lento, subindo 0,93% em janeiro. Os preços do lanche (0,98%) e da refeição (0,96%) tiveram altas menores que no mês anterior, quando haviam avançado 1,26% e 1,34%, respectivamente.
Governo busca soluções para conter alta dos alimentos
Diante do impacto do aumento no preço dos alimentos, o presidente Lula agendou para esta sexta-feira uma reunião com ministros para discutir estratégias de redução de custos. Na quinta-feira, a Casa Civil liderou a primeira etapa da discussão, com foco no diagnóstico das causas da alta dos preços e na elaboração de possíveis soluções.
A prioridade do governo é implementar medidas que garantam condições adequadas de oferta e produção, assegurando que os principais alimentos da dieta do brasileiro sejam vendidos a preços acessíveis.