Consumidores pagaram mais alto em produtos básicos da alimentação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma desaceleração de 1,31% em fevereiro para 0,56% em março, conforme informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11).
Com a alta puxada pelo setor de alimentos, esse foi o maior patamar do IPCA para o mês de março desde 2023, quando os preços aumentaram em 0,71%. De início, o IBGE informou que esse era o maior índice dos últimos 22 anos, mas depois corrigiu a informação para o período mais recente.
O acumulado dos últimos 12 meses passou para 5,48% em março, acima dos 5,06% do mês anterior. No ano, o IPCA acumula alta de 2,04%. Em março de 2024, a variação foi de 0,16%.
Todos os grupos de produtos e serviços tiveram alta no mês, entretanto, o destaque foi do setor de alimentos e bebidas, que acelerou de 0,70% para 1,17%. A alta representa 45% do registrado em março, com destaque para:
- tomate (22,55%)
- café moído (8,14%)
- ovo de galinha (13,13%)
O café moído registra alta de 77,78% nos últimos 12 meses, “impulsionada pelo aumento do preço no mercado internacional dada a redução de oferta do grão em escala mundial, com a quebra de safra no Vietnã devido a adversidades climáticas, as quais também prejudicaram a produção interna”, destaca Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa.
Os preços da alimentação no domicílio subiram em 1,31% em março De acordo com Gonçalves, esse aumento está relacionado, sobretudo, com as questões climáticas.
“Para o tomate, com o calor dos meses de verão, houve uma aceleração na maturação, levando a antecipação da colheita em algumas praças. Sem essas áreas de colheita em março, houve uma redução na oferta, trazendo pressão de alta sobre os preços. Para os ovos, houve aumento por conta do custo do milho, base da ração das aves, além de estarmos no período de quaresma, com maior demanda por essa proteína”, explica.
Veja o resultado dos grupos do IPCA em março
- Alimentação e bebidas: 1,17%;
- Habitação: 0,24%;
- Artigos de residência: 0,13%;
- Vestuário: 0,59%;
- Transportes: 0,46%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,43%;
- Despesas pessoais: 0,70%;
- Educação: 0,10%;
- Comunicação: 0,24%
