Da Redação Avance News
O time do Soja Brasil chegou ao Mato Grosso do Sul e, em sua passagem pelo município de Douradina, no sudoeste do estado, encontrou uma solução inovadora para combater os efeitos das mudanças climáticas: a irrigação subterrânea. Em resposta às adversidades, que englobam longos períodos de seca e prejudicam a produção agrícola, os produtores locais têm adotado essa tecnologia como uma estratégia para garantir a produtividade das lavouras.
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Em uma área caracterizada pela instabilidade climática, com variações cada vez mais intensas, a seca prolongada se tornou um grande desafio. Períodos de estiagem que antes duravam cerca de 10 dias agora podem se estender por até 80 dias consecutivos, trazendo prejuízos significativos às lavouras. Para enfrentar esse cenário, uma alternativa tecnológica tem ganhado espaço: a irrigação subterrânea.
A técnica utiliza tubos com pequenos emissores enterrados entre 20 e 25 centímetros de profundidade, com espaçamento ajustado conforme o tipo de solo. A água é aplicada diretamente nas raízes, de forma lenta e precisa, maximizando o aproveitamento e reduzindo as perdas. O sistema também permite a fertirrigação, com liberação simultânea de nutrientes ao longo do ciclo da cultura.
Benefícios para os produtores de soja
Mesmo exigindo um investimento inicial mais elevado, os benefícios compensam: em períodos críticos de estiagem, a adoção da irrigação subterrânea pode evitar perdas de até 90% na produção. A operação com baixa pressão reduz o consumo de energia, mas o sistema requer equipamentos mais sofisticados, filtros eficientes e manutenção frequente. Em média, cada hectare conta com cerca de 10 mil metros de tubulação instalada.
Antes de sua implementação, é essencial realizar estudos técnicos para avaliar o solo e as necessidades hídricas das plantas. A profundidade, o espaçamento dos tubos e o controle da pressão precisam ser cuidadosamente planejados. Além disso, é necessário seguir a legislação, que exige outorga para uso da água e licenciamento ambiental. Com os devidos cuidados, o sistema pode operar de forma eficiente por mais de 20 anos.