A Secretaria Municipal de Saúde realiza durante o mês de janeiro várias ações, que visam orientar a população sobre o diagnóstico, sintomas, transmissão e tratamento da hanseníase.
A iniciativa faz parte da campanha nacional “Janeiro Roxo”, mês de conscientização e prevenção à doença, que neste ano, tem como tema “Hanseníase: conhecer e cuidar, de janeiro a janeiro”. O projeto foi oficializado em 2016, pelo Ministério da Saúde.
A supervisora da Atenção Primária à Saúde, enfermeira Gabrielle Vidal, explica que as ações serão realizadas pelas unidades básicas de saúde, com foco no diagnóstico precoce e na busca ativa dos contatos de casos ativos, ainda não avaliados, e dos faltosos ou em abandono de tratamento.
Na programação, orientação e diagnóstico precoce, visitas domiciliares pelos Agentes Comunitários de Saúde com aplicação do Questionário de Suspeição de Hanseníase para os casos suspeitos, acompanhamento dos contatos dos casos ativos, avaliação de incapacidade física e neurológica dos pacientes em tratamento de hanseníase e a importância de concluir o tratamento.
“É por meio do trabalho das equipes de saúde, que conseguimos prevenir, diagnosticar e acompanhar o tratamento dos pacientes, que é oferecido gratuitamente na rede pública de saúde”, ressalta a supervisora.
Em 2024, segundo o Painel da Hanseníase no Brasil, do Ministério da Saúde, o número de novos casos aumentou, significativamente, em relação a 2023, saltando de 60 para 122.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Keli Paludo Fernandes, o aumento já era esperado, tendo em vista os investimentos do município, na capacitação dos profissionais da Atenção Primária.
No ano passado, as equipes participaram de uma importante capacitação, liderada pelas médicas especialistas em hanseníase, Dra. Fernanda Heldt Ventura, Dra. Aleksaint Hasegawa e Dra. Maria Fernanda.
“Lucas do Rio Verde é um município com fluxo migratório muito intenso, principalmente em relação as regiões Norte e Nordeste do País, onde a taxa de incidência da doença é alta, por isso, a importância da capacitação e do trabalho das equipes de saúde, no diagnóstico e tratamento da doença”, ressalta a secretária.
Hanseníase
Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae.
A transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva ou secreções nasais de uma pessoa não tratada, ou seja, a pessoa em tratamento ou que já teve alta, não transmite mais, assim como também não é realizado a transmissão através de objetos compartilhados. A transmissão geralmente requer contato prolongado e frequente com uma pessoa infectada.
Entre os principais sintomas estão, o aparecimento de manchas na pele (manchas claras ou avermelhadas), com a perda da sensibilidade em relação ao calor, frio, dor e tato, redução dos pelos e suor e comprometimento dos nervos periféricos.
O diagnóstico é realizado por meio do exame físico geral dermatológico e neurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos.
A hanseníase tem tratamento disponível gratuitamente na rede pública de saúde.