Da Redação Avance News
Em um comunicado direcionado ao mercado, a empresa afirmou que essa dupla listagem proporcionará uma maior capacidade de investimento:
“A proposta que foi apresentada aos acionistas reflete a presença global da JBS e busca desbloquear o valor das ações da empresa”.
Com essa mudança, a JBS declarou que os certificados que representam as ações de empresas internacionais, conhecidos como BDRs (Brazilian Depositary Receipts), de Nível 2, serão negociados na B3 e serão lastreados nas ações Classe A listadas na Bolsa de Nova York.
“Os acionistas minoritários terão a opção de cancelar os BDRs a qualquer momento e possuir diretamente as ações Classe A”, afirmou a empresa.
A JBS também informou que passará a seguir as regulamentações da SEC (Securities and Exchange Commission) e da NYSE, além de continuar seguindo as diretrizes da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Para o CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, o plano representa uma “proposta de valor inovadora”.
“A dupla listagem criará oportunidades para valorizar a empresa, ampliar a capacidade de financiamento do seu crescimento a um custo menor, acelerar a sua estratégia de diversificação, valor agregado e marca”, declarou.
Guilherme Cavalcanti, CFO global da JBS, afirmou que a dupla listagem trará os seguintes benefícios para a empresa:
- Aumento da transparência e fortalecimento da governança;
- Atração de uma base de investidores mais ampla com maior capacidade financeira;
- Maior flexibilidade na emissão de ações para financiar oportunidades de crescimento e reduzir a alavancagem da empresa;
- Redução do custo de capital, permitindo à empresa competir em igualdade de condições com empresas globais similares.
A JBS assegurou que a dupla listagem não vai afetar a estrutura operacional da empresa, que vai permanecer no Brasil e em outros 23 países onde a multinacional está presente.
Somente na operação brasileira, a empresa conta com mais de 130 unidades produtivas e emprega diretamente 145 mil funcionários.