Da Redação Avance News
Leonardo de Araújo Costa Tumiati, juiz da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), manteve a prisão de Maroan Fernandes Haidar Ahmed, denunciado pelo homicídio de Fábio Batista da Silva, 41, ocorrido em novembro de 2018 em um posto de combustível da cidade. O magistrado não viu fatos novos que justificassem a revogação da medida.
Fábio foi baleado ao pedir para o acusado baixar a luz do farol de sua caminhonete. Maroan só foi preso em janeiro de 2023, pouco mais de 4 anos após o crime.
O juiz explicou que, de acordo com o Código de Processo Penal, o decreto de prisão preventiva deve ser revisado a cada 90 dias. Ele considerou que desde que foi decretada a prisão não houve qualquer alteração no processo, com fatos novos, que justificasse a revogação da medida.
“Verifica-se que não há modificações fáticas nos fundamentos que decretaram a prisão preventiva de Maroan Fernandes, sendo que é evidente a extrema periculosidade deste. Portanto, pelos fundamentos já expostos na decisão que decretou a prisão preventiva, mantenho a prisão preventiva”.
O caso
Fábio estava sentado em uma das mesas da conveniência do posto quando Maroan, que dirigia uma caminhonete Amarok branca, deixou o farol alto ligado em direção a todas aos clientes.
Com isso, Fábio foi até motorista e pediu que ele reduzisse a luz. Porém, houve uma discussão e, quando ele voltou, foi atingido por um tiro.
Testemunhas que estavam na conveniência acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar socorro, mas Fábio não resistiu e morreu no local. O suspeito fugiu do local em seu veículo.
Com ajuda das câmeras de segurança e de testemunhas, a polícia chegou até Maroan, identificando ele como o suspeito do crime. Ele não foi preso na época.
Meses após o crime, ocorrido em novembro de 2018, ele postou fotos das férias de fim de ano em alto mar em uma rede social. Em outra imagem, um prato cheio de camarões. O ato chegou a ser considerado deboche pelo poder judiciário.
Em 2021 ele foi baleado em um tiroteio registrado também em uma conveniência, agora em um posto na cidade de Ponta Porã (MS), a 313 km de Campo Grande.