Após um ano de espera pela filiação do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), o ministro da Agricultura e presidente do PSD em Mato Grosso, Carlos Fávaro, em reunião com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cravou apoio do seu partido ao candidato petista em Cuiabá, seja o deputado estadual Lúdio Cabral ou a diretora da Conab, ex-deputada federal Rosa Neide Sandes.
Lula chamou o ministro para uma conversa no Palácio do Planalto, na tarde de segunda-feira (8), após o evento “Democracia Inabalada”, o qual relembrou os atos antidemocráticos praticados por bolsonaristas há um ano em Brasília. A definição da candidatura petista em Cuiabá ocorrerá em janeiro ou no mais tarde no começo de fevereiro, conforme o presidente revelou a Fávaro. “O PSD não tem candidato. Faz um ano que a gente fez o convite a Botelho”, contextualizou sobre a então espera da decisão do presidente do Legislativo.
“De fato, o PSD não tem candidato e não tem como negar um pedido do presidente”, posiciona-se Fávaro. Apesar de tirar a sigla do raio de Botelho, o ministro fez elogios ao deputado. “O Botelho é um excelente nome e, se eleito, vai ser um grande prefeito”, disse Fávaro.
Ele observou ainda que se fosse, ao contrário, o PT, via o presidente Lula, poderia dar apoio ao candidato do PSD. Diante da indefinição de Botelho, o ministro deu sua palavra de apoio ao candidato do PT, que deve ser o nome da Federação, que conta também com o PV e o PCdoB, mais os partidos aliados do governo Lula.
O presidente vai chamar nos próximos dias a dirigente nacional da sigla, deputada federal Gleisi Hoffmann, juntamente com Rosa Neide, Lúdio e Valdir Barranco, presidente estadual. Também ficou definido que após o PT definir qual dos dois será o candidato, a questão do cargo a vice-prefeito ficará para ser definido mais para frente, possivelmente na convenção partidária.
Botelho ainda espera um posicionamento do governador Mauro Mendes (União) de apoio ao seu nome, mesmo o chefe do Executivo mato-grossense já tendo revelado a preferência pelo secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia que, segundo Mendes, foi o primeiro a se declarar candidato.
O presidente da Assembleia Legislativa tenta convencer que hoje é o nome com melhor viabilidade eleitoral, conforme tem apontados as pesquisas de intenção de voto.