Kethlyn Moraes | RDNews
Ramira Gomes da Silva, de 25 anos, foi condenada na sexta-feira (21) a 34 anos de prisão por matar, esquartejar e esconder o corpo do filho, um bebê de 4 meses, em maio de 2021. A ré passou por júri popular na Primeira Vara Criminal de Sorriso (a 420 km de Cuiabá).
Ela matou o filho com um instrumento contundente (uma pancada) – causando traumatismo facial grave e craneano – e o esquartejou em seguida para facilitar a ocultação do corpo. O cadáver do bebê foi encontrado enterrado no quintal de uma casa, em Sorriso.
O crime aconteceu em 14 de maio de 2021 e Ramira foi presa quatro dias depois, em Porto Velho, Rondônia, em uma embarcação com destino a Manaus na região portuária. Ela foi encaminhada para a Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, onde está presa desde então.
Ramira foi condenada por homicídio triplamente qualificado, por motivação torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime foi praticado pois a mãe queria se livrar do bebê para engatar uma relação amorosa e o filho seria um empecilho para ela “seguir em frente”. A condenação foi de 32 anos pelo homicídio triplamente qualificado e dois anos por ocultação e destruição de cadáver, já que a mãe esquartejou os braços e as pernas do bebê para ser mais fácil esconder.
Segundo o promotor Luiz Fernando Rossi Pipino, da 2ª promotoria de Justiça Criminal de Sorriso, responsável pela acusação de Ramira, a ré confessou o crime e tentou alegar semi-imputabilidade. No entanto, foi feito exame de sanidade mental e perícia médica que atestou que Ramira tinha a saúde mental preservada e não sofria de nenhum transtorno ou surto mental.
Ela havia chegado em Sorriso, vindo do Rio de Janeiro, há menos de dois meses quando cometeu o crime. Além do bebê, tinha uma outra filha, uma menina de 2 anos na época, que já não morava com ela e era criada pelos avós.