Da Redação Avance News
Graças a cientistas do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP), que descobriram as dimensões do megalago Paratethys, o corpo d’chuva pré-histórico acaba de entrar para o Guinness, o livro dos recordes, porquê o maior lago de todos os tempos.
Os responsáveis pelo grande feito foram pesquisadores liderados pelo romeno Dan Valentin Palcu, pós-doutorando no IO/USP. A equipe usou uma técnica chamada magneto-estratigrafia – que aplica o registro das inversões de polaridade do campo magnético da Terreno nas rochas porquê utensílio de datação – e reconstruções paleogeográficas digitalizadas para instituir o tamanho e o volume do Paratethys.
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Segundo o estudo, em seu auge, há murado de 10 milhões de anos, estima-se que esse lago tenha resguardado uma extensão de 2,8 milhões de quilômetros quadrados – um pouco maior do que o atual Mar Mediterrâneo – e detinha um volume de mais de 1,77 milhão de quilômetros cúbicos de chuva salobra.
Durante muito tempo acreditou-se que ali existia um mar pré-histórico, espargido porquê Mar Sármata, mas agora temos evidências claras de que durante murado de 5 milhões de anos oriente mar tornou-se um lago – só do oceano e pleno de animais nunca vistos em outros lugares ao volta do mundo.
Dan Valentin Palcu, responsável principal do estudo, publicado em 2021 na revista Scientific Reports
Maior lago da história abrigava a menor baleia de todos os tempos
Segundo Palco, em comunicado, o megalago Paratethys foi caracterizado por uma fauna endêmica única, incluindo a Cetotherium riabinini – a menor baleia já encontrada.
O estudo também revela a história tumultuada do Paratethys, marcada por múltiplas crises hidrológicas e períodos de seca. Durante a crise mais grave, o megalago perdeu mais de dois terços da sua superfície e um terço do seu volume, com o nível da chuva caindo até 250 metros. Isso teve um impacto devastador na fauna, e muitas espécies foram extintas.
Para Palcu, as investigações vão além da simples curiosidade. “Elas revelam um ecossistema que responde de forma extremamente aguda às flutuações climáticas. Ao explorar os cataclismos que oriente vetusto megalago sofreu porquê resultado das alterações climáticas, obtemos informações valiosas que podem elucidar potenciais crises ecológicas desencadeadas pelas alterações climáticas que o nosso planeta atravessa atualmente, mormente esclarecimentos sobre a firmeza de bacias de águas tóxicas porquê o Mar Preto”.
Ele explica que o Mar Preto moderno reflete muitas características ambientais do seu vetusto homólogo, o Paratethys. Em grande secção desprovidas do oxigênio que sustenta a vida, as profundezas do Mar Preto possuem águas ricas em sulfureto de hidrogênio, um gás tóxico prejudicial tanto para os seres humanos porquê para a maioria das espécies animais.
Ou por outra, seus sedimentos contêm metano “enregelado”, um gás de efeito estufa excepcionalmente potente que poderia ser libertado na atmosfera em resposta ao aquecimento global, desencadeando assim diversas catástrofes ambientais.
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Prevenção a futuros desastres ecológicos
Palcu enfatiza que interpretar a história do Paratethys não é somente uma viagem a um pretérito trágico, mas também um farol de esperança para o horizonte. “O Mar Preto tem potencial para se tornar uma das maiores regiões naturais de armazenamento de carbono da Terreno. A sua firmeza é de suma preço para desbloquear a sua capacidade para futuras iniciativas de armazenamento de carbono e para prevenir futuros desastres ecológicos.”
O estudo foi uma colaboração entre a USP (Brasil), a Universidade de Utrecht (Holanda), a Liceu Russa de Ciências (Rússia), o Meio Senckenberg de Pesquisa em Biodiversidade e Clima (Alemanha) e a Universidade de Bucareste (Romênia) e financiado pela Fapesp.