Da Redação Avance News
O Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, em conjunto com o Ministério da Cultivação (Planta) medidas com foco em melhorar condições de respaldo ao setor agropecuário e às cooperativas de crédito.
Entre as ações apresentadas, neste final de semana, está a ampliação da traço de financiamento dolarizada e com taxa fixa, destinada para quem tem receitas ou contratos em dólar. Agora, a dotação foi ampliada em mais R$ 4 bilhões para financiar produtores rurais e cooperativas de produção, beneficiando principalmente agroexportadores. No totalidade, desde o início da geração da Taxa Fixa do BNDES em Dólar (TFBD), em abril de 2023, já foram disponibilizados R$ 8 milhões, com taxa de juros de 7,59% ao ano.
Ainda, foram anunciadas no evento as melhorias no programa BNDES Procapcred. Para substanciar seu alcance, foi aprovada a novidade dotação orçamentária de R$ 2 bilhões, que podem potencializar R$ 18 bilhões. Também foi estendida a vigência até o termo de 2025 e o rol de clientes ampliado, antes desimpedido exclusivamente às pessoas jurídicas cooperadas e pessoas físicas caracterizadas uma vez que cooperados autônomos, agora passa a contemplar qualquer cooperado pessoa física de uma cooperativa de crédito ou de banco cooperativo, desde que proveniente, residente e domiciliada no Brasil.
Durante o evento, o ministro da Cultivação e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a influência da iniciativa. “Estar cá hoje para anunciar esses recursos para as cooperativas, para que elas possam continuar cumprindo esse belíssimo papel de fazer o crédito chegar, principalmente, aos pequenos e médios produtores que podem fazer a diferença na produção agropecuária brasileira, é mais um desses eventos que dá muito orgulho”, afirmou.
O Procapcred foi criado com o objetivo de fortalecer a estrutura patrimonial das cooperativas de crédito, oferecendo financiamento direto aos associados para compra de cotas-partes do capital de cooperativas singulares de crédito. O Banco aprimorou ainda as condições do programa, com aumento do limite de financiamento de R$ 30 milénio para até R$ 100 milénio por cliente, a cada dois anos, além de redução de taxas e estiramento de prazos, com foco principalmente em cooperados das regiões Setentrião e Nordeste.
O ministro Fávaro também comentou sobre o compromisso em trazer segurança para que os produtores produzam com tranquilidade. “Tenho certeza de que os desafios dessa novidade safra, que está em curso, que tivemos intempéries climáticas e preços de commodities achatados, serão superados. Nós estamos ao lado dos produtores. Estamos pensando em mais linhas de crédito, mais oportunidades, para que nós não deixemos nenhum produtor dormir na incerteza de uma vez que vai conduzir o porvir da sua atividade”, evidenciou.
Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante destacou a influência desse respaldo às cooperativas. “O cooperativismo merece mais espaço no debate do Brasil, mais visibilidade e mais relevância, estamos falando de 20 milhões e meio de pessoas que estão organizados nesse sistema hoje, com o faturamento de 655 bilhões de reais”, detalhou. “O cooperativismo é um padrão de negócio que ajuda na ensino e na inclusão financeira, mas é mais que isso, o participante da cooperativa é sócio, portanto, ele tem o favor e a responsabilidade da sociedade”, completou.
O BNDES também concluiu nesta semana uma captação de R$ 808 milhões em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), por meio de oferta privada no mercado doméstico. Porquê esses títulos são vinculados a direitos creditórios do agronegócio, a captação contribui para conceber o funding do banco talhado ao financiamento de investimentos na atividade agropecuária.
O diretor Financeiro e de Crédito do BNDES, Alexandre Abreu, avaliou a entregas. “As LCAs aumentam a capacidade do banco de oferecer taxas competitivas ao agronegócio, ampliando o chegada ao crédito e promovendo o desenvolvimento produtivo e sustentável no campo”, afirmou.