Ao comentar a exponencial alta do dólar, em relação ao Real, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que o Governo Federal deveria tomar medidas econômicas duras, assim como ele fez quando assumiu o Governo de Mato Grosso. Ele pontuou que se algo não for feito, vai afundar o país.
Apesar de intervenções do Banco Central, o dólar (US$) chegou a R$ 6,30 nesta quinta-feira (19). A moeda vem seguindo uma crescente nas últimas semanas. Segundo Mauro, o problema da economia do Brasil não é fruto de ações da atual gestão, mas é um problema histórico.
A economia brasileira, do lado privado, ela está indo bem. As empresas brasileiras são muito competentes, a grande maioria faz muito bem o seu trabalho, paga seus impostos assim como todos nós cidadãos pagamos, o problema do país é que o Governo Federal… e não é um problema agora do presidente Lula não, isso é de muitos e muitos anos, deve muito, está com muita dívida, está gastando mais do que arrecada porque o país tem 10 anos que está tendo déficit primário, e se isso não mudar, vai afundar o país, simples assim, comentou o governador.
Quando assumiu como governador em 2019, Mauro anunciou que recebeu um estado endividado, tanto com os servidores (que não haviam recebido o 13º salário e nem o salário de dezembro de 2018), quanto com os fornecedores. Segundo Mauro a dívida chegava a R$ 4 bilhões. Ele então anunciou algumas medidas duras, sendo que uma das mais polêmicas foi a de escalonamento do pagamento dos salários dos servidores. Além disso ele também reduziu o número de secretarias, entre outras medidas.
Tem que tomar medidas duras, foi exatamente o que eu fiz aqui no estado de Mato Grosso, tomei medidas corretas, no começo fui vaiado, no começo eu fui criticado, mas está aí hoje o Mato Grosso inteiro comemorando o novo ciclo de crescimento, investimentos e desenvolvimento. A nível de Governo Federal, se não fizer isso com coragem, com determinação, cortar gastos, cortar despesas desnecessárias, investir em eficiência da máquina pública, vai continuar tendo problemas na inflação, no dólar, no juro e etc, aconselhou Mendes.
