sábado, 23 novembro 2024
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Mercado do atum movimenta R$ 8 bilhões na economia

Da Redação Avance News

Em 2016, a Assembleia das Nações Unidas definiu o dia 2 de maio como Dia Mundial do Atum, com vista à conscientização do risco de extinção sob o qual estão algumas de suas espécies e com o fim de preservá-las. O atum demonstra ser um produto de alta demanda, o que revela sua importância para a economia mundial: a ONU, em 2021, estimou que são mais de 7 mil toneladas do animal pescadas anualmente, o que movimenta US$10 bilhões no mesmo período e coloca o peixe entre os mais valiosos. No mesmo ano, o produto sofreu superávit de US$17 milhões. O mercado brasileiro, por sua vez, está entre seus principais consumidores. 

Segundo dados do IPC Maps, o consumo de peixes aumentou no Brasil, entre 2021 e 2022, e atingiu 12,2%. Entre as espécies preferidas dos brasileiros está o atum, que representa 20% de toda a pesca marinha, além de 8% do total de frutos do mar comercializados, em escala global. (Dados do site National Today). O consumo do peixe se dá devido a praticidade, a segurança alimentar, a qualidade nutricional e a durabilidade. Além disso, sua comercialização garante empregos e incrementa a receita do governo. Em terras brasileiras, o peixe movimenta R$ 8 bilhões. 

Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, destaca a importância desse produto no mercado nacional, mas afirma a necessidade de realizar a comercialização de forma consciente e sustentável. “O aumento do consumo de peixes, em especial do atum, no país é uma oportunidade para alavancar a produção local e ampliar as exportações, gerando empregos e incrementando a receita do governo. É importante, no entanto, garantir que a pesca seja feita de forma sustentável e responsável, para preservar a espécie e garantir sua disponibilidade para as gerações futuras.”, afirmou Pizzamiglio. 

Não apenas no consumo o Brasil se destacou. O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que a exportação do produto sofreu um grande aumento, principalmente no Rio Grande do Norte, onde foram exportados, nos meses de janeiro a abril de 2022, cerca de 782 toneladas (em valores uma média de US$7 milhões) do produto. Conforme os dados concedidos pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) e do Centro Internacional de Negócios do Estado (CIN), esse aumento foi 30% maior se comparado a 2021, colocando o Estado entre os três maiores no ranking, atualmente, um dos maiores produtores de tunídeos no mundo, assim como, o maior exportador do produto no Brasil. 

Em novembro de 2021, o mercado global de atum foi avaliado em US $40,7 bilhões, mas a estimativa é que até 2028 atinja um valor total de US $48,37 bilhões. Só em 2021 foram vendidos 5,8 milhões de toneladas do peixe, em todo o mundo, com a maior demanda de países asiáticos como China, Japão e Coréia do Sul houve também, um aumento na produção de atum rabilho, uma espécie considerada mais sustentável, segundo uma pesquisa realizada pela SkyQuest Technology Consulting Pvt. Ltd. 

Referente ao problema da sobrepesca — dados da ONU apontam que 33,3% dos estoques de atum extrapolam o sustentabilidade biológica da pesca — o Brasil atua na Comissão Internacional de Conservação do Atum no Atlântico (ICCAT) sugerindo por intermédio de pesquisadores cotas de captura com o objetivo de controlar os estoques de atum e gerir melhor essa fonte de renda e alimentação. 

Atum na mesa dos brasileiros 

Quando falamos do consumo do atum na mesa dos brasileiros, o peixe está entre os mais consumidos, seja in natura ou processado. Parte da dieta de milhares de esportistas e praticantes de atividade física, o produto pode variar de preço em diversas capitais. Tanto in natura como enlatado, o atum é uma excelente fonte de proteína, rico em ômega-3, um aminoácido essencial que auxilia no funcionamento do cérebro e pode auxiliar o coração, pois pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol no sangue. 

Com informações da Efficienza*



Fonte: AgroLink

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