Uma microexplosão provocou a queda de árvores e o desabamento de um galpão na cidade de Herval D’Oeste, em Santa Catarina, na terça-feira (11), segundo a Defesa Civil de Santa Catarina.
O órgão informou que o fenômeno está associado aos ventos de 100 km/h que atingiram a região e foram registrados pelo radar do município de Chapecó, que também fica localizado na região oeste catarinense.
“O deslocamento de uma linha de instabilidade ocasionou chuva intensa em curto período de tempo, incidência de raios, fortes rajadas de vento e queda de granizo, que resultaram em alagamentos, destelhamento de casas, quedas de árvores, de postes de energia e danos associados à queda de granizo em algumas cidades”, afirmou a Defesa Civil em nota.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) — que é de Herval D’Oeste —, lamentou as consequências provocadas pelo mau tempo no estado e pediu que a população siga atenta aos alertas emitidos pela Defesa Civil.
“O governo segue monitorando a situação e está preparado para a pronta-resposta a estas situações. É fundamental que a população se mantenha informada sobre os alertas emitidos pela Defesa Civil e se proteja”, afirmou Mello.
O que é uma microexplosão?
Segundo o Climatempo, a microexplosão acontece quando o ar que está próximo da nuvem está mais seco e, quando entra em contato com ela, ajuda a evaporar as gotículas de água rapidamente. Isso causa uma queda da temperatura e um aumento da densidade, que faz com o ar caia bruscamente e devaste a área por onde passa.
Esses ventos podem chegar a 270 km/h e percorrer cerca 6 quilômetros de distância, com duração entre 2 a 5 minutos.
A microexplosão é semelhante a um tornado, mas se diferencia deste fenômeno porque, quando atinge uma região, deixa para trás um padrão mais em linha reta de destruição e detritos. O tornado, por sua vez, tem um padrão de devastação mais circular.
Ciclone deve se formar na região Sul
Um ciclone extratropical deve se formar na noite desta quarta-feira (12) e provocar ventos de até 120 km/h e fortes chuvas com risco de granizo nos três estados da região Sul do Brasil, segundo o Climatempo.
As regiões mais atingidas devem ser o litoral norte do Rio Grande do Sul e as serras gaúcha e catarinense, onde são esperados ventos de 100 km/h e 120 km/h. Em Porto Alegre, as rajadas devem chegar a 90 km/h.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) orienta a população das áreas atingidas pelos efeitos do ciclone a evitar se abrigar debaixo de árvores e estacionar seus veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
O órgão também pede que os aparelho elétricos e o quadro geral de energia sejam desligados e sugere a busca por mais informações junto à Defesa Civil (no telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (193).