Da Redação Avance News
O ministro Carlos Fávaro foi interrogado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST na quinta-feira (17). Sua convocação, solicitada pelo deputado Evair de Melo, tem como objetivo esclarecer as ações tomadas pelo seu ministério após o anúncio de invasões de terras em todo o país pelo líder do MST, João Pedro Stédile, em abril deste ano. O relator da CPI, deputado Ricardo Salles, questionou Fávaro sobre uma declaração feita em fevereiro, na qual o ministro afirmou que é necessário “eliminar o preconceito contra o MST”.
O ministro evitou criticar o movimento MST, reconhecendo a legitimidade de seus pedidos, mas condenou as invasões de terra. Ele mencionou a necessidade de eliminar preconceitos em relação a movimentos sociais que buscam produzir alimentos. O deputado Salles reagiu, alegando que o ministro estava apoiando as invasões de terra do MST, o que ele considerou inaceitável.
“Disse que precisamos acabar com o preconceito em relação ao movimento social que queira produzir e gerar alimentos como vi lá”, declarou o ministro da Agricultura. “O ministro da Agricultura do Brasil entende que é legítimo o sujeito invadir terra devoluta. Esta é a postura do Ministério da Agricultura. Não tem cabimento uma afirmação dessa”, afirmou o relator da Comissão.
Fávaro apoiou os pedidos legítimos do MST, mas condenou invasões de terras, destacando a importância das manifestações democráticas dentro da ordem e da lei. Ele não defendeu invasões, já que estas não são permitidas pela lei. Salles criticou os deputados do PT e PSOL, considerando divergentes os pensamentos deles e do ministro Fávaro. O relator afirmou que o ministro da Agricultura, do PT, também não concorda com invasões de terras devolutas, respaldando essa posição com a lei de regularização fundiária da qual Fávaro foi relator.